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PASTOR CONTAMINADO POR COVID PRECISOU SE TRATAR EM SÃO PAULO

João Luiz, líder da Igreja do Evangelho Quadrangular, teve de viajar às pressas porque não conseguiu vaga em unidade com UTI

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Sessão na Câmara de Vereadores.

FOTO: GILBERTO FARIAS
Sessão na Câmara de Vereadores. FOTO: GILBERTO FARIAS -

Entre os evangélicos que se contaminaram e se recuperaram, um deles é o presidente estadual da Igreja do Evangelho Quadrangular, pastor João Luiz. A sede da Igreja dele fica no bairro do Vergel do Lago, um dos focos da Covid 19 na capital e onde o religioso “acha” que pode ter se contaminado. Quando ficou bastante debilitado, buscou socorro em Maceió e não conseguiu ser internado numa unidade com UTI. Daí viajou às pressas para São Paulo. Lá ficou internado em estado grave durante nove dias. “Busquei atendimento em Maceió. Não consegui leito com UTI como recomendaram os profissionais de saúde. Estava tudo cheio. Se não tivesse corrido para buscar atendimento em São Paulo, acho que teria morrido”, disse o pastor. A Quadrangular tem 320 igrejas espalhadas pelos 102 municípios. Atualmente, conta com 40 mil membros. João Luiz, depois de se recuperar da contaminação se mostrou preocupado com a reabertura neste momento de aumento de casos. “Precisamos retomar o nosso trabalho religioso. A abertura será boa para todo mundo. Mas, se a coisa piorar, a gente fecha outra vez as nossas igrejas”, disse ele ao destacar. “O importante é cumprir os protocolos da organização mundial da Saúde, os que foram elaborados pelo estado e o isolamento e distanciamento social. Abrir, só quando for possível e escalonado”, orientou. As outras denominações evangélicas que seguem orientações nacionais cumprem as medidas de isolamento social, mantêm igrejas fechadas. Nos bastidores, criticam os decretos estaduais de isolamento social. Sem dinheiro dos fiéis, reduziram “ajuda” aos pastores, o número de prestadores de serviços e enfrentam dificuldades para pagar contas de água, luz, telefone e manutenção das igrejas. A maioria, como o pastor João Luiz, comemora a possibilidade de retomada dos cultos presenciais em julho. Todos prometem cumprir os protocolos sanitários. “Negacionistas” Setores de segmentos religiosos que negam a letalidade do coronavírus realizaram reuniões, celebrações e cultos escondidos. Dentre eles duas denominações conhecidas adotaram a prática na periferia das cidades. Em Maceió, os cultos proibidos ocorreram em diversos pontos do Tabuleiro do Martins, da Ponta Grossa e outros da região metropolitana. Para não chamar a atenção, os encontros aconteceram nos finais de semana. As entradas das igrejas ficavam com as luzes apagadas. Os fiéis se concentravam próximos aos púlpitos e diante dos pastores. O discurso religioso negava a possibilidade de setores evangélicos se contaminarem e ofereciam amuletos. Alguns líderes diziam contar com “discreto” apoio de agentes públicos para evitar a perseguição policial, revelou uma fonte que participou de cultos. Mas, isso não ficou constatado. O presidente do Conselho Regional de Medicina (Coremal), infectologista Fernando Pedrosa, o presidente da Associação de Infectologia de Alagoas, médico Fernando Maia e outros especialistas, sem desrespeitar a fé das pessoas, afirmam que não existe remédio, ainda, para evitar a contaminação do coronavírus. Os profissionais recomendaram que a melhor forma de evitar o vírus são as medidas preventivas de higiene pessoal, lavar as mãos constantemente, usar máscara sempre que sair de casa e evitar aglomerações. Eles preferem não comentar estratégias religiosas para evitar o vírus.

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