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Cidades

CICLISTAS MANTÊM ATIVIDADE MESMO EM MEIO À PANDEMIA

Especialista alerta para necessidade de evitar prática em grandes grupos para não facilitar a propagação do vírus

Por Pâmela de Oliveira | Edição do dia 27/06/2020 - Matéria atualizada em 27/06/2020 às 06h00

A pandemia do novo coronavírus certamente estabeleceu novas formas de convívio entre todas as pessoas e tem ditado novas formas de interação com o meio. A prática do ciclismo, quer como forma de esporte, quer como meio de transporte, sempre vista como sinônimo de saúde, foi colocada em dúvida devido aos riscos de contaminação que atividades físicas ao ar livre podem trazer para quem as pratica. Infectologista e ciclistas divergem quanto à prática do esporte no período de quarentena. Em uma cartilha de recomendações que devem ser seguidas durante a pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as pessoas priorizem o uso da bicicleta como meio de deslocamento, por, naturalmente, permitir o distanciamento social, no entanto, pontua que o uso deve ser feito como alternativa ao transporte público. O médico infectologista Marcelo Constant faz alertas quanto ao uso da bicicleta como esporte e relembra que ainda se vive um momento de intensa manifestação do vírus. “Aqueles que precisam se locomover diariamente com a bicicleta devem tomar os devidos cuidados ao sair, durante o transporte e ao chegar em casa, mas caso não seja de extrema necessidade, é melhor que fique em casa. Ainda estamos vivendo um momento de intensa manifestação do vírus, é necessário evitar a exposição”, disse o médico. Antônio Facchinete, porta-voz da Associação Alagoana de Ciclismo (AAC), concorda com o médico, mas diz que, apesar dos alertas feito pela associação, muitos têm desrespeitado as recomendações. “Fizemos um contato com os grupos de ciclistas pedindo que evitassem a prática do ciclismo em grandes grupos e a maioria tem cumprindo, mas infelizmente alguns ainda fazem a prática do esporte provocando aglomerações. Não acredito que fazer ciclismo seja ruim, desde que não gere nenhuma aglomeração”, contou Antônio. Alguns ciclistas têm mantido a prática do esporte como forma de manter a prática do exercício físico em dia e, consequentemente, reforçar a saúde em tempos de pandemia. É o caso de Marcos Antônio, que já teve Covid-19 e engordou cerca de 8kg após se recuperar de um acidente. Marcos recorreu ao ciclismo para reforçar a saúde e perder os quilos indesejados. “Já tive Covid-19, já me recuperei e voltei a praticar o ciclismo por motivos de saúde. Não vi problema em pedalar vez ou outra, faço juntamente com minha esposa e tomo todos os devidos cuidados, como a utilização de máscara e levar nossa própria garrafinha de água de casa. Na prática do ciclismo, o contato, quando ele existe, é muito pouco” disse o ciclista. Procurando manter a prática do esporte, mas sem formar aglomerações, o ciclista Adeilson Martins, diz que o período de isolamento social foi difícil e viu necessária a retomada da prática do esporte, mas que tem evitado áreas urbanas ao pedalar. “Sou motoboy e trabalho com entregas, então acabo me expondo durante o trabalho. Analisei a situação e vi que o isolamento poderia trazer problemas até psicológicos. Resolvi voltar com o ciclismo, mas apenas em locais isolados e em pequenos grupos, sempre evitando áreas urbanas e tomando todos os cuidados durante o esporte e ao chegar em casa”, concluiu. Para aqueles que mantém o ciclismo como prática de esporte ou como forma de locomoção diária, o infectologista Marcelo Constant alerta para os cuidados que devem ser tomados. “Manter a boa higienização das mãos a todo momento, utilizar máscara e fazer a higienização da bicicleta ao chegar em casa é de grande importância para se evitar o contágio pelo novo coronavírus’, alertou.

Sob a supervisão da editoria de Cidades

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