app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5885
Cidades

MÉDICOS DIZEM QUE RETOMADA EXIGE CAUTELA

Com a retomada gradual dos serviços não essenciais em Maceió, a partir desta sexta-feira (3), os infectologistas pedem cautela da população nesse momento para evitar que medidas mais rígidas de distanciamento social voltem a ser adotadas. Ou seja, quem va

Por regina carvalho | Edição do dia 03/07/2020 - Matéria atualizada em 03/07/2020 às 06h00

Com a retomada gradual dos serviços não essenciais em Maceió, a partir desta sexta-feira (3), os infectologistas pedem cautela da população nesse momento para evitar que medidas mais rígidas de distanciamento social voltem a ser adotadas. Ou seja, quem vai às ruas, deve redobrar os cuidados. E, se puder, permanecer em casa. Em relação às mudanças com o novo decreto, médicos chamam a atenção para a reabertura parcial de templos religiosos, que normalmente recebem muitos idosos, grupo vulnerável que pode desenvolver a forma grave da doença. Com a evolução da fase - de vermelha para a laranja - salões de beleza e barbearias, com 50% da capacidade de atendimento; lojas de rua de até 400 m²; templos, igrejas e demais instituições religiosas, com 30% da capacidade passam a ter seu funcionamento permitido em Maceió, assim como estabelecimentos que já estavam liberados. Na avaliação do infectologista Marcelo Constant, a abertura gradual da economia é coerente, mas exige cuidados. “Precisamos ficar atentos porque pode ocorrer aqui o que aconteceu em outros estados, que tiveram de fechar tudo novamente. Quando isso acontece fica mais difícil para a população se acostumar. Como os números em Maceió parecem estar declinando, poderíamos esperar um pouco mais para não correr o risco de colapso na rede hospitalar”, explica o médico. A infectologista Luciana Pacheco lembra que o vírus ainda circula, não há vacina, e que os cuidados devem continuar sendo redobrados. “A gente fica preocupado porque muitas igrejas têm estrutura precária e têm aglomeração. Não é só entrar e sair da igreja. É difícil dar essa atribuição ao padre, ao pastor para fazer essa organização. Já que foi liberado é importante que as pessoas que vão usem máscara e se puderem fiquem em casa”, explica.

Na avaliação de Luciana Pacheco, os alagoanos devem continuar evitando sair de casa se não for essencial. “O vírus não parou de circular, os casos novos diminuíram, mas ainda há casos. Se puder, ficar em casa e só sair para trabalhar e para resolver coisas essenciais”, declara.

Segundo argumento apresentado pelo governo do Estado para liberar de forma gradual atividades não essenciais houve a involução dos casos de Covid-19 em Maceió, quando analisadas as últimas semanas epidemiológicas. Com isso, a capital avança de fase do Protocolo de Distanciamento Social Controlado. Para retomar o funcionamento, os estabelecimentos têm de seguir protocolos sanitários e assim evitar a proliferação dos casos de Covid em Alagoas, como o uso obrigatório de máscaras, disponibilização de álcool gel 70%, distância de dois metros entre as estações de trabalho, anteparo de proteção nos caixas e intensificação de limpeza dos ambientes a cada duas horas, segundo publicação no portal do governo. No interior, o decreto estadual foi renovado como estava, ou seja, as mesmas restrições.

Mais matérias
desta edição