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TRANSMISSÃO PELO AR AINDA É INCERTA

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Em documento publicado essa semana, um grupo de cientistas solicita à Organização Mundial da Saúde (OMS) que reconheça o potencial de transmissão da Covid-19 pelo ar. O alerta deve-se à propagação do vírus especialmente em lugares fechados, como é o caso de hospitais. Até agora a agência especializada reconhece que o novo coronavírus é transmitido pelo contato com superfície contaminada e por gotículas expelidas por pessoas infectadas. "Com relação à permanência das gotículas menores dispersas em aerossóis no meio ambiente, isso já é conhecido em outras doenças como é o caso da tuberculose. O ideal seria que nos ambientes fechados existissem um sistema de pressão negativa, que já existe hoje, para que seja eliminada para o ambiente as partículas contaminantes", explica a infectologista Vânia Simões, que diz ratificar o estudo feitos pelos cientistas. Até agora, a OMS chamava a atenção para a transmissão do vírus entre pessoas através de gotículas respiratórias expelidas, que cairiam em superfície próxima ou rapidamente no chão. Mas essa situação pode ser revisada pela agência especializada em saúde. "Essas partículas pequenas pulverizadas em aerossóis permanecem por mais tempo no meio ambiente e isso é muito comum em locais fechados, com ar-condicionado. Isso acontece em ambientes hospitalares. É por isso que já se sabe que as pessoas que convivem em ambiente hospitalar, por exemplo na UTI, se expõem muito mais ao vírus e outras infecções que podem provocar esse tipo de partículas, levando a contaminação com maior carga viral. E não é por menos que os cuidados com todo EPI que é utilizado nas UTIs são mais rigorosos", finaliza Vânia Simões. Já na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Marcos Holanda, as medidas adotadas até agora - como o distanciamento, o uso de máscara e a higienização das mãos - têm se mostrado eficazes no combate à proliferação do vírus. "Não concordo muito com essa teoria. Acredito que tem que manter o distanciamento e o uso de máscara. Isso que é o principal. Sobre os ambientes fechados, sem sombra de dúvida, há uma permanência maior do vírus principalmente em hospitais onde tratam Covid e têm salas fechadas. Com ar-condicionado a tendência é que ele circule, realmente após tossir e espirrar. Não vejo mais o que fazer em relação ao que se está fazendo, que já é de conhecimento de todo mundo", declara Marcos Holanda. Em reportagem publicada no G1, o infectologista Paulo Saldiva, professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP explicou que as pesquisas apontam que o distanciamento entre as pessoas de 1 a 2 metros não elimina a contaminação, principalmente em locais fechados que não tenham um sistema de renovação do ar. Ou seja, gotículas maiores expelidas ao falar ou tossir caem rapidamente no chão, já os aerossóis - pequenas gotículas permanecem no ar por mais tempo - podem flutuar no ar e se espalhar em ambientes fechados, podendo ser inalada até horas depois por inúmeras pessoas.

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