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Cidades Taxa entre as pessoas com 15 anos ou mais passou de 19,4% em 2016 para 17,1% em 2019

AL CONTINUA LÍDER EM ANALFABETISMO, APONTA IBGE

De acordo com a PNAD Contínua 2019, apesar da redução desse índice ao longo dos anos, problema ainda afeta 443 mil pessoas

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 16/07/2020 - Matéria atualizada em 16/07/2020 às 06h38

Pesquisa divulgada nessa quarta-feira (15) pelo IBGE mostra que Alagoas continua liderando, em números absolutos, o analfabetismo no país. De acordo com a PNAD Contínua 2019, apesar da redução desse índice ao longo dos anos, o problema ainda afeta 443 mil pessoas. Segundo o órgão, a taxa entre as pessoas com 15 anos ou mais em Alagoas passou de 19,4% em 2016 para 17,1% em 2019. Os índices se tornam maiores na medida em que as idades das pessoas avançam, tanto em Alagoas quanto no Brasil, o que revela, de um modo geral, que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em Alagoas, entre as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo vem caindo desde 2016, saindo de 46,1% para 41% em 2019, sendo a terceira maior do país percentualmente, à frente do Piauí (41,3%) e Maranhão (45,9%). Analisando os dados sob a ótica do sexo, a pesquisa revela que a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais em Alagoas era maior entre os homens (18,1%) em relação às mulheres (16,3%) em 2019. O padrão se repete entre as pessoas com 60 anos ou mais, com uma taxa de 42,6% para os homens e 39,8% para as mulheres. A maior diferença na taxa de analfabetismo é observada na análise por cor ou raça. Em 2019, a taxa para as pessoas brancas de 15 anos ou mais era de 12,3%, contra 18,6% para as pessoas pretas ou pardas. A disparidade se acentua entre as pessoas de 60 anos ou mais, cujas taxas eram de 27,5% para os brancos e de 45,7% para pretos ou pardos.

ENSINO MÉDIO

A pesquisa revela ainda que três em cada cinco adultos não concluíram o ensino médio em Alagoas. Apesar disso, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais com esse nível completo de escolaridade cresceu no estado, passando de 30,9% em 2016 para 33,7% em 2018 e 35% em 2019. O estudo mostrou ainda que o número de pessoas da cor branca com esse nível de escolaridade chegou a 47,1%, sendo bem maior que a de pessoas negras ou pardas, cujo percentual ficou em 31% em Alagoas. Os dados foram obtidos através de um módulo especial sobre educação, pesquisado de forma mais abrangente desde 2016 na Pnad Contínua durante o segundo trimestre de cada ano civil. Quando analisado o nível de instrução, os dados revelaram que entre as pessoas com 25 anos ou mais de idade houve queda percentual entre aqueles sem instrução e fundamental completo, passando de 58,2% em 2016 para 54,1% em 2019. Por outro lado, houve aumento percentual entre aqueles com ensino superior, saltando de 8,5% em 2016 para 11,8% em 2019. Enquanto 9,9% dos homens com 25 anos ou mais de idade tinham ensino superior completo em 2019, o percentual era de 13,4% entre as mulheres. A diferença no nível de instrução também é maior sob o critério cor ou raça, embora a proporção tanto de brancos como de pretos ou pardos com ensino superior venha aumentando desde 2016. Enquanto 21,3% dos brancos com 25 anos ou mais tinha ensino superior em 2019, o percentual era de 8,7% entre as pessoas pretas. Por outro lado, o percentual de brancos com 25 anos ou mais sem instrução e fundamental incompleto era de 43% em 2019, enquanto entre as pessoas pretas ou pardas era de 57,7%. A taxa de escolarização, isto é, a proporção de estudantes de determinada faixa etária em relação ao total de pessoas dessa mesma faixa, sofreu queda em Alagoas entre 2016 e 2019, passando de 30,6% para 28,8%. Embora a taxa de escolarização tenha crescido para os grupos de 0 a 5 anos, 4 e 5 anos e 6 a 14 anos, a queda foi impulsionada sobretudo por aqueles de 18 a 24 anos. Neste grupo, enquanto houve estabilidade para os homens, observou-se uma queda para as mulheres.

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