Recomeço
PANDEMIA FAZ EMPRESAS PRECISAM SE ADAPTAREM A NOVAS ROTINAS
A grande adaptação se dá, principalmente, através do novo modo de vender com o mercado digital


Com a gradativa retomada de vários setores da economia alagoana e a reabertura de diversos negócios, sobretudo das empresas que conseguiram sobreviver ao período de distanciamento social controlado, o maior questionamento dos empresários e microempreendedores nesse momento é o de como manter seus negócios e adaptá-los para a volta das atividades da melhor forma possível. A grande adaptação se dá, principalmente, através do novo modo de vender com o mercado digital, segundo o consultor Maurício Oliveira. “Mesmo com esse advento da pandemia, as pessoas, apesar de estarem economizando, ainda estão consumindo através das mídias digitais, ou seja, isso favorece as empresas que conseguiram se adaptar ao mercado digital. Então, a grande adaptação frente a esse novo cenário é todo o trabalho à distância, sendo tanto em questões de atendimento ao cliente, como também de trabalhos diários, como o home office”, disse.
“Esse momento de pandemia veio trazer cada vez mais uma urgência na adaptação para o mercado digital. Quando falamos rede social, não falamos apenas de redes sociais como Facebook e Instagram, mas também todos os canais e formas de contato com o cliente. Eles realmente entraram no cenário como um força nunca antes vista, mostrando que vieram para ficar. Temos agora a utilização de vários aplicativos, principalmente por parte das empresas do ramo alimentício. Quem não tinha entendido ainda que esse é o futuro, a pandemia mostrou isso.”
Considerando também que muitos aderiram à nova forma de trabalhar através da mídias digitais, o consultor salienta que o básico nesses casos também se torna um diferencial. Esse básico seria, de acordo com Oliveira, investir em um bom atendimento e investir no contato com o cliente, seja por aplicativo, ligação ou mensagens. Segundo o consultor, o cliente bem atendido garante a sustentabilidade da empresa.
FUNDO DE CAIXA
Maurício Oliveira explica que muitas empresas que quebraram podem ter sido aquelas que não conseguiram se adaptar a essa realidade, não tinham caixa suficiente ou capital de giro para sobreviver alguns meses paradas, ou não tinham realmente como funcionar durante o período de isolamento, já que seu serviço necessita de contato presencial. Esses fatores reforçam o quanto é importante ter o caixa preparado o ano inteiro para sobreviver a situações adversas como a dos dias atuais. “As empresas precisam entender que o fluxo de caixa, ter dinheiro em caixa para manter a estrutura da empresa saudável, em momento de dificuldade, é fundamental. Costumamos dizer que faturamento é vaidade, lucro é sanidade mas é o caixa que é o rei das empresas para manter a sustentabilidade. E isso pode ser levado em consideração em toda a estruturação dos custos, porque a empresa entende que pode otimizar os custos a qualquer momento, não somente em momentos de crise”, finalizou.
DICAS
Pensando em como facilitar a adaptação dos empresários e empreendedores nesse momento, o consultor deixou algumas dicas de como tirar o melhor desse momento, entre elas, aprimorar as ferramentas administrativas da empresa; melhorar os controles administrativos; aperfeiçoar as formas de fazer gestão no tocante ao controle da empresa: custos, faturamento e lucratividade; otimizar e simplificar os processos internos da empresa e claro, entender a representatividade de cada fornecedor para a carteira. Quanto mais ferramentas de gestão o empresário tiver para tomar as melhores decisões, melhor.
* Sob supervisão da editoria de Economia.