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32,5% DAS VÍTIMAS DE COVID-19 EM AL NÃO TINHAM COMORBIDADES

Para infectologista, todos devem procurar atendimento médico ao primeiro sintoma da doença

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O índice de óbitos confirmados por Covid-19 em pessoas sem comorbidade e fator de risco é de 32,5% em Alagoas, conforme o Boletim Epidemiológico de número 140, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas, na sexta-feira (24) De acordo com o relatório, diabetes apresenta uma frequência de óbitos de 38,3%, liderando o gráfico, seguido de sem comorbidades e hipertensão arterial sistêmica, com 23%. Segundo a infectologista Sarah Dellabianca, independentemente de ter comorbidades, a pessoa que apresente sintomas do novo coronavírus deve buscar atendimento. Ela também alerta que quanto mais cedo a pessoa for reavaliada, melhor para o paciente, porque, dessa forma, é possível identificar se a pessoa precisa ser internada, tomar coagulante, tomar oxigênio, ou receber outros cuidados específicos. “Independentemente de fator de risco, a principal orientação é a de que a pessoa com sintomas não relaxe com os cuidados nem deixe de procurar uma unidade de saúde”, alerta a médica. “O recado de fique em casa é para quem não tem sintomas e, que não teria o que fazer, ou seja, “sair na rua à toa para bater perna ou passear porque não tem explicação sair para aglomerar, para se expor e ainda levar a doença para casa”. Isso porque, ainda conforme a médica, o que salva na Covid é o acompanhamento médico. “Então a pessoa precisa de periodicidade de reavaliação. Fator de risco não significa dizer que quem tem uma comorbidade vai morrer, mas quem tem, existe uma chance de morrer. Mas não é uma verdade absoluta, porque não quer dizer que todos os diabéticos vão morrer, todos os idosos vão morrer; fator de risco não é isso, fator de risco é a pessoa que possui uma condição que torna a doença grave”, explica. Sobre a gravidade, o que determina a piora da doença, Sarah diz que há vários agravantes. “Ser branco, negro, oriental, índio, alimentação, tabagismo, consumo de drogas, para todas as doenças tem variáveis. E isso não significa dizer que quem não tem essas condições vai ter os sintomas leves. Então, posso ter o óbito numa pessoa de 14 anos, com uma pessoa com Covid sem comorbidades. O melhor cuidado é a avaliação médica para evitar que a situação da pessoa se complique”. Pesquisas sobre a Covid-19 revelam que pacientes, que não possuem comorbidades tendem a enxergar a doença como leve e, em certas situações, fazem a utilização de medicamentos sem passar por um médico. Outro fator preocupante para a classe médica e de pesquisadores é a automedicação sem sintomas da doença. “O corticoide utilizado nos primeiros dias da doença pode causar um agravamento. Complicação no pulmão, o avançar da doença, porque na fase inicial de uma doença infecciosa, o vírus, as bactérias, os fungos, estão em proliferação. Quando você utiliza o corticoide em uma dose alta, que é o que estão fazendo, com pacotinhos pré-prontos, nos primeiros sete dias da doença, você pode agravar porque vai suprimir o sistema imunológico e o vírus vai tomar conta de se replicar”, alerta a médica. A infectologista diz ainda que, apesar de o boletim registrar que a frequência de óbito sem comorbidade é alta, existem pacientes que chegam ao Hospital da Mulher, sem dados preenchidos corretamente e que isso também dificulta na hora do atendimento. “Às vezes o paciente está na UPA ou em algum Pronto Socorro e é encaminhado entubado para o hospital da mulher, e muitas vezes sem informações necessárias, que devem ser preenchidas no primeiro atendimento”, criticou.

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