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Cidades

PSICÓLOGA EXPLICA COMO LIDAR COM PERDA PELA COVID

Por causa da pandemia, perdem-se rituais importantes para compreensão da morte

Por greyce bernardino | Edição do dia 01/08/2020 - Matéria atualizada em 01/08/2020 às 06h00

Lidar com a perda de um ente querido nunca foi fácil. E, atualmente, com a pandemia do novo coronavírus, a situação fica ainda pior. Isso porque o grau de contágio aumenta e medidas sanitárias são implementadas, fazendo assim com que os velórios muitas vezes não aconteçam. Psicólogos, no entanto, afirmam que é preciso sentir esse momento, mas que existem formas de amenizar a situação, principalmente agora, onde tudo é uma descoberta. “Perder alguém vitimado pelo temido vírus tem deixado marcas profundas, e a solidão é algo presente nesse espaço. A impossibilidade da despedida digna, sem o abraço e apoio dos amigos, sendo limitado a presença nesses momentos, torna-se ainda mais solitário o momento de dor. Elaborar o luto é algo que acontece de forma natural e no seu próprio tempo, principalmente neste período, onde os rituais religiosos estão suspensos, porém, a palavra amiga, as demonstrações de carinho, e de apoio não estão. Estamos se adaptando as várias formas de contato, e superar a morte de alguém amado ainda depende do contexto da existência de cada um. A dor é inevitável”, ressalta a psicóloga Jacqueline Pino, que acrescenta: “A aceitação é uma das etapas que demora a acontecer, pois passa por outros processos necessários da nossa cultura. Contudo, a superação dependerá da capacidade de resiliência de cada um. Procurar ajuda profissional é necessário quando a dor torna-se insustentável, pois, permanecer no luto não é algo consciente”. Ainda segundo a psicóloga, pessoas que sofrem de doenças psiquiátrica grave estão mais suscetíveis ao luto de uma forma mais dolorosa. Acompanhar notícias sobre o vírus também compromete o emocional dos mesmos, conforme completou Jacqueline. “A depressão, por ser uma doença que requer atenção, precisa ser cuidada, mesmo nesse período de pandemia. Entendemos, também, que as informações negativas reforçam as dores de quem já está desesperançado. Por isso, sempre indico que todos que sofrem de depressão se reúnam com a família e, a partir disso, desenvolvam atividades, para, assim, fortalecer o emocional de cada um”, concluiu.

OAB-AL OFERECE APOIO PSICOLÓGICO

Aqueles, no entanto, que perderam seu ente querido e precisam de um apoio psicológico, pode procurar a Comissão de Fortalecimento e Controle Social da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL). Atualmente, no entanto, segundo a presidente da Comissão, Cosmélia Fôlha, não ocorreu nenhuma procura, mas que equipes estão atentas. “Não recebemos nenhuma aprovação sobre quaisquer tipo de ajuda. Essas provações, no entanto devem surgir através de ofícios, onde, posteriormente, analisamos a situação do cumprimento das políticas públicas”, frisou.

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