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Nº 5691
Cidades Venda do Dia dos Pais foi termômetro para medir “reaquecimento” do comércio de AL

MOVIMENTO CRESCE E ANIMA LOJISTAS DO CENTRO

Termômetro de vendas, Dia dos Pais atingiu as expectativas de empresários alagoanos, diz Aliança

Por Regina Carvalho e William Makaisy | Edição do dia 11/08/2020 - Matéria atualizada em 11/08/2020 às 06h49

Pouco mais de um mês após a reabertura do comércio de lojas do centro de Maceió, o presidente da Aliança Comercial, Guido Júnior, está otimista e acredita que o setor pode recuperar parte dos estabelecimentos fechados durante a pandemia do novo coronavírus. Um termômetro da melhora na atividade econômica ocorreu essa semana para as compras do Dia dos Pais. “Não foi a mesma coisa do ano passado, acredito numa queda de 15% a 20% em relação a 2019, porque muita gente está evitando de sair. Mas acho que fomos bem diante da situação”, lembra Guido Júnior, presidente da Aliança Comercial. Ele acrescenta que imóveis que tinham encerrado atividades nos meses em que o comércio ficou fechado voltaram a reabrir. “Está melhorando, com boa movimentação e boa venda”, acrescenta. Segundo Guido Júnior, enquanto galerias têm espaços para alugar, no Centro, os imóveis têm boa procura mesmo nesse período de crise. “Têm lojas do Centro que fecharam, outros já negociaram para fazer reforma e reabrir”, explica o empresário. No dia 3 de julho, o governo do Estado autorizou a reabertura de parte de lojas no centro de Maceió, depois de mais de 100 dias fechadas e com isso, de 60% a 70% dos estabelecimentos dos mais de 700 puderam abrir. Desde o dia 20, Maceió avançou para a fase amarela e conseguir reabrir serviços não essenciais durante a pandemia de Covid-19, como estabelecimentos comerciais acima de 400m², shoppings, bares e restaurantes. O Boletim Epidemiológico dessa segunda-feira (10) confirma que Alagoas tem, oficialmente, 68.237 casos confirmados do novo coronavírus e 61.519 recuperados da doença. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), há 1.289 casos em investigação laboratorial e quase 1.700 óbitos por Covid-19.

EXPECTATIVAS

O Dia dos Pais atingiu as expectativas de vendas para o comércio local, que esperava faturar em torno de 80% do que faturou no ano anterior., segundo Guido Junior. Os números reais ainda não foram calculados. “Houve mais ou menos o que estávamos esperando para as vendas, que era conseguir faturar mais ou menos 80% do que conseguimos no ano de 2019. O comércio alagoano, felizmente, está aos poucos conseguindo se recuperar”, disse. O presidente explicou que é um caminho difícil para o comércio pelo tempo que ficou parado. Contudo, acredita que vão se recuperar. “Nós passamos três meses fechados, alguns setores até mais que isso, como aqueles que estão voltando a reabrir agora, a exemplo de restaurantes e bares, então, a caminhada é aos poucos, mas estamos seguindo otimistas, porque mesmo indo devagar estamos recuperando as vendas”, pontuou Guido Santos. “Claro, consideramos positivo por não termos ainda um parâmetro em função da paralisação dos três meses. Mas, de forma geral, as vendas têm melhorado, nós estamos com fluxo bom de pessoas comprando e indo ao Centro, o que é bom”, disse. Guido Júnior informou não ter ainda a relação dos presentes mais procurados, mas contou que acredita ser o padrão que já estava saindo. Segundo o presidente da Aliança Comercial, a procura por celulares e eletrônicos vem crescendo no estado, encabeçando sempre a lista de presentes em aniversários e datas comemorativas. A Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio) informou que, até o momento, não tem o balanço exato do faturamento no Dia dos Pais. Contudo, considerando o cenário vigente, onde muitas lojas estão reabrindo, ele tende a ser positivo. “A projeção de faturamento para a datas comemorativas considera o percentual de intenção de compras, apurado via pesquisa, e o número oficial de empregados, pois assim temos como mensurar a capacidade econômica. Em relação ao Dia dos Pais, nossa pesquisa demonstrou que, pela primeira vez, houve aumento na intenção de não presentear na data, o que é consequência da pandemia que vivemos, contudo, acreditamos que as vendas tenham sido positivas”, disse Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio. “Mesmo considerando a pesquisa, não há dúvidas de que a data teve reflexo positivo no comércio e serviços, pois embora saibamos que o volume de consumidores tenha sido menor do que em anos anteriores e as empresas tenham restrição na capacidade de atendimento devido aos protocolos sanitários, estamos saindo de um recente período de portas fechadas”, finalizou.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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