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Nº 5693
Cidades Prática mais comum de comunicação nos presídios é o uso de celulares

SISTEMA PRISIONAL TEM MAIS 20 SERVIDORES INFECTADOS

O índice de infecção do novo coronavírus em presidiários alagoanos segue sem alterações desde o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado Ressocialização e Inclusão Social (Seris), na última quinta-feira (6), quando o número de inf

Por william makaisy | Edição do dia 11/08/2020 - Matéria atualizada em 11/08/2020 às 06h00

O índice de infecção do novo coronavírus em presidiários alagoanos segue sem alterações desde o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado Ressocialização e Inclusão Social (Seris), na última quinta-feira (6), quando o número de infectados entre reeducandos chegava a 44 casos. Por outro lado, em comparação ao boletim do dia 4, o número de servidores infectados aumentou em 15,8%, saltando de 126 servidores para 146. De acordo com os últimos dados do boletim, divulgado na última quinta-feira (6), o número de infectados entre reeducandos chegava a 44, tendo 43 descartados e 13 casos suspeitos. Até o momento, não há óbitos confirmados entre presos. Já entre os servidores, atualmente há 146 casos confirmados, 20 a mais que o boletim divulgado no dia 4, quando os casos chegavam a 126. Os dados mostram também 295 casos descartados entre servidores e 29 suspeitos. A classe soma ainda três óbitos contabilizados. Segundo a assessoria de comunicação da Seris, todos os reeducandos que testaram positivo para a Covid-19, juntamente aos suspeitos, estão sendo tratados no Hospital de Campanha do Sistema Prisional, construído nas dependências do antigo presídio feminino Santa Luzia. “Todos os reeducandos ficam isolados lá e são atendidos pela equipe de Gerência de Saúde da Secretaria de Estado Ressocialização e Inclusão Social (Seris)”, pontuou a assessoria.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

De acordo com Bruno Soriano, assessor da Seris, o uso de máscaras nas dependências do sistema prisional é obrigatório para servidores e presidiários. “O uso de máscara é obrigatório tanto para servidores quando reeducandos. Só tem acesso ao sistema prisional aquele que estiver usando. E, claro, outras medidas também foram adotadas pela secretaria, tais como, sanitização com equipe especializada e distribuição de álcool 70. Todas as medidas seguem o protocolo sanitário do Decreto Estadual”, disse.

VISITAS E ENTREGA DE ALIMENTOS

Uma das principais medidas de prevenção contra o coronavírus adotadas pelo sistema prisional alagoano foi a suspensão das visitas e da entrada de alimentos, que já começa a retornar no próximo fim de semana. “Essa foi uma das principais medidas para evitar o vírus. Agora, as visitas e entrega de alimentos vão retornar gradativamente. Nesse primeiro momento, no próximo fim de semana, teremos uma entrega de alimentos de forma experimental e tomando todos os cuidados para que ela seja realizada com toda segurança”, relatou.

O plano de flexibilização, visando um retorno seguro das visitas, foi debatido entre a Seris, uma comissão formada por familiares dos reeducandos e a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL). As visitas, por sua vez, serão liberadas entre 4 e 6 de setembro, obedecendo a matriz de risco adotada pelo Governo de Alagoas para orientar as fases do distanciamento social controlado. Apenas uma pessoa por reeducando, e com idade entre 18 e 59 anos, poderá ter acesso ao respectivo familiar. SERVIDORES O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen/AL), Kleyton Anderson, contou que, na teoria, os casos estão sendo controlados. “Os casos entre reeducandos estão sendo controlado aos poucos. Por exemplo, ao ser notado alguma suspeita, o preso em questão já é afastado dos demais. Quanto aos agentes, o profissional, caso exista alguma suspeita, passa por um teste, e se der positivo ele é afastado até sua total recuperação”, explicou Kleyton Anderson. Ele conta também que está apreensivo quanto ao retorno das visitas de familiares. Como o fluxo de pessoas tende a ser grande, o Policial Penal diz que a classe está apreensiva e com medo de que hajam infectados entre os visitantes, levando a algum tipo de aumento no número de casos, tanto entre policiais quanto entre presos.

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