Trabalhadores dos Correios iniciaram, nesta terça-feira (18), uma greve por tempo indeterminado em todo o Brasil. Paralisação tem como objetivo assegurar todas as conquistas da categoria nos últimos trinta anos. Já no estado de Alagoas, cerca de 70% dos trabalhadores já podem ter aderido à greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect/AL). Em contato com Gazeta de Alagoas, Alisson Guerreiro, presidente do Sintect em Alagoas, afirmou que, ainda, não há números concretos da participação de trabalhadores alagoanos da categoria na greve, mas acredita-se que, em parcial, a grande maioria já tenha aderido à paralisação.
“Ainda estamos em processo de conclusão desse levantamento, mas a nossa parcial já indica que cerca de 70% dos trabalhadores já tenham aderido à greve”, disse Alisson.
Quanto às agências, o presidente do sindicato afirma que cerca de 60% já deve estar em regime parcial de funcionamento ou com serviços paralisados. Ele afirmou, ainda, que a entrega de encomendas pode ser o serviço mais afetado pela paralisação. “Também de forma ainda parcial, acreditamos que cerca de 60% das agências dos Correios em Alagoas estejam funcionando com atendimento parcial ou até paralisadas, com uma demora maior. Com isso, o atraso na entrega de encomendas e correspondências pode ser uma das maiores consequências”, afirmou. Ainda segundo Alisson Guerreiro, durante a pandemia do novo coronavírus, a demanda nas agências dos Correios teve um aumento de 30% com relação às encomendas. “As encomendas nos correios aumentaram cerca de 30% durante a pandemia e não estamos pedindo nenhum aumento, não se trata de reajuste. Esperamos que a empresa reveja essa questão e mantenha os direitos que foram decididos pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, concluiu. Por meio de nota, a assessoria de comunicação dos Correios informou que os serviços da empresa estão sendo postados normalmente, apesar da paralisação anunciada pela categoria. Destacou, ainda, que algumas medidas foram tomadas, na pandemia, no sentido de cuidar da saúde financeira da ECT.