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VENDA DE FLORES CRESCE MESMO DURANTE A PANDEMIA

Após período de dificuldade por causa do fechamento do comércio, segmento vem se recuperando

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Maceió, 13 de abril de 2020
Alcione, dona da  Floricultura Flores e Folhas. Endereço: Rua Saldanha da Gama no bairro do Farol.
Foto: ©Ailton Cruz
Maceió, 13 de abril de 2020 Alcione, dona da Floricultura Flores e Folhas. Endereço: Rua Saldanha da Gama no bairro do Farol. Foto: ©Ailton Cruz -

A pandemia do novo coronavírus afetou variados segmentos econômicos de Alagoas, como a venda de flores e de plantas ornamentais. Com as famílias em isolamento social, sem participarem de grandes comemorações, e o turismo parado, o setor sofreu com a pandemia. Contudo, com o retorno gradual econômico, simbolizado pelo avanço nas fases do Distanciamento Social Controlado no Estado, o segmento de venda de flores vem se recuperando e aquecendo a economia alagoana cada vez mais. De acordo com Gilson Braga Junior, proprietário de uma floricultura no bairro da Jatiúca, na parte baixa da capital alagoana, o começo da pandemia foi complicado mas as coisas vêm melhorando com o passar do tempo. “No início da pandemia, lá em março, foi muito assustador porque não sabíamos como ficaria o comércio, principalmente para quem trabalha nesse ramo de flores e foi aí que os negócios precisaram se adaptar, particularmente, na minha floricultura, nós procuramos nos adequar ao contexto que estávamos vivendo”, contou. O proprietário explicou que a primeira medida tomada para continuar no ramo foi poupar gastos, e para isso eles procuraram encomendar flores de fornecedores que tivessem uma boa qualidade e um preço viável. “Por exemplo, tínhamos uma tradição de encomendar flores de São Paulo, mas Gravatá, em Pernambuco, entrou com uma grande e boa produção de flores com um custo menor, ou seja, migramos para eles. Economizar foi a chave”, relatou Gilson Braga. “A parte positiva foi que durante esse período conseguimos fazer algumas economias também. Por exemplo, já que os estabelecimentos estavam fechados não tivemos gastos com energia, água, essas coisas. Não chegamos a demitir funcionários, inclusive. A ajuda do governo também foi necessária, tanto para os empreendedores quanto para a população”, destacou.

VENDAS

O proprietário relatou também que um dos motivos para terem conseguido manter as vendas foi devido às datas festivas. Ele contou que, como as opções dos alagoanos eram escassas no que tange aos presentes, uma vez que os shoppings ainda permaneciam fechados, a procura por flores subiu, principalmente no Dia das Mães e no Dia dos Namorados, data que, segundo Gilson Braga, representou a maior venda do ano, ainda que menor que as vendas de 2019 para o mesmo período.

Gilson conta ainda que, uma das coisas que mais mudou em sua floricultura foi a forma de vender. Uma vez que estavam com as portas fechadas as redes sociais se tornaram um ótimo auxílio. “Isso foi uma grande surpresa até, porque na pandemia as vendas através da redes sociais foram tão boas que pensei em ficar somente com delivery. Só não continuamos com a ideia porque o pessoal ficou querendo uma loja física também, então retornamos. Hoje em dia estamos com ambas as formas, presencial e online, para o gosto de cada um”, disse.

ORNAMENTAIS

Elba Amorim, dona de uma floricultura que trabalha com flores para ornamentação de jardins e decoração de hotéis e pousadas, também acredita que o setor aos poucos está voltando a crescer. “No começo da pandemia ficamos um pouco parados, mas depois do segundo decreto a demanda aumentou bastante. O pessoal que estava em casa começou a procurar o que fazer e optou por cuidar do jardim, que é um passatempo. Adubos, plantas, terra, tudo foi saindo. A demanda ficou uma loucura com a alta procura”, disse. Ela contou que no começo precisaram baixar o preço de alguns produtos e negociar com alguns clientes, porque entendem que muitas pessoas estão sem trabalhar e não podem ter grandes gastos, contudo, com o retorno das atividades as coisas vão melhorando. Elba salientou ainda que o retorno do turismo também está ajudando. Segundo a proprietária, já estão com demandas de alguns hotéis que se preparam para o retorno dos turistas.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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