Cidades
BRASIL INTEGRA CONSÓRCIO POR VACINA


O governo brasileiro confirmou à Organização Mundial da Saúde (OMS) que participará da aliança mundial de vacinas, segundo reportagem de Jamil Chade no UOL. O jornalista informa, porém, que apesar do acordo, irá manter uma flexibilidade para ajustar suas parcerias os acordos bilaterais já realizados com empresas do setor farmacêutico. O governo fará parte do consórcio solicitando produtos para imunizar 20% da população brasileira - cerca de um pouco mais de 40 milhões de pessoas. A OMS criou o sistema estabelecendo um preço de US$ 10,00 por dose e tendo como estimativa que a imunização exigirá duas doses da vacina. Considerado um país de renda média, o Brasil não fará parte dos 90 países pobres do mundo que receberão gratuitamente o imunizante.
PRODUÇÃO
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, discutiram ontem formas de acelerar o cronograma da produção da vacina contra a covid-19 no Brasil. A vacina resultará de acordo entre a Fiocruz, a empresa biofarmacêutica global AstraZeneca e a Universidade de Oxford. A parceria prevê a assinatura, na primeira semana de setembro, de um acordo de encomenda tecnológica e desenvolvimento de uma plataforma para fabricação de outras vacinas, como a da malária.
Anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde, o acordo resulta de tratativas entre os governos do Brasil e do Reino Unido. O governo federal liberou crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para produção e aquisição da vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford. Pelas previsões, as primeiras doses da vacina contra a covid-19 deverão ser distribuídas no início de 2021, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), que atende o Sistema Único de Saúde (SUS).
No encontro com a presidente da Fiocruz, Pazuello disse que o ministério corre para acelerar o processo e disponibilizar, o mais rápido possível, a vacina que imunizará os brasileiros contra a covid-19. “O governo está investindo todos os esforços para entregar à população uma vacina segura e eficaz, com todo o cuidado e zelo necessários para a vida dos brasileiros.” Inicialmente, deverão ser produzidas 100 milhões de doses a partir de insumos importados. A produção integral da vacina na unidade técnico-cientifica Bio-Manguinhos tem início estimado para abril do próximo ano. Segundo Nísia Lima, a Fiocruz está mobilizando todos os recursos tecnológicos e industriais de que dispõe para que a população tenha acesso à vacina no menor tempo possível. “Estamos conversando com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e parceiros tecnológicos com o intuito de reduzir os prazos de produção, registro e distribuição da vacina”, disse Nísia.