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SUICÍDIO: ESPECIALISTAS DEFENDEM DISCUSSÃO SEM PRECONCEITO

Pandemia do novo coronavírus fez aumentar casos de ansiedade, associado a medo do futuro

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Imagem ilustrativa da imagem SUICÍDIO: ESPECIALISTAS DEFENDEM DISCUSSÃO SEM PRECONCEITO
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Enquanto o mundo ainda sente os efeitos da pandemia de Covid-19, em paralelo um outro problema tem se tornado um grave problema de saúde pública: o suicídio. Depressão, ansiedade, pressão social, transtornos mentais, transtorno bipolar e o uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas estão entre as causas que levam pessoas ao desespero no mundo inteiro. Tanto que hoje, 10 de setembro, o planeta discute o Dia Mundial de Combate ao Suicídio de forma madura, refletindo dados colhidos até o momento e, principalmente, sem preconceito. Isso porque o tabu em torno do tema, ou a “romantização” ainda presente em algumas abordagens, ao invés de contribuir atrapalha, esconde e pode até aumentar os casos. O chamado setembro amarelo existe para gerar uma mediação consciente com a sociedade a fim de mostrar caminhos que preservem a vida. Segundo a professora e psicóloga Janaína Diniz, há uma reflexão do filósofo Mário Sérgio Cortella que ajuda a entender a situação: “o suicídio é uma solução definitiva para um problema temporário”, lembrou. Para ela, isso tem que ficar muito claro para quem tem a ideação suicida, mas principalmente para amigos, parentes e pessoas próximas dessas pessoas. Isao porque conforme lembrou, frases como: “ninguém precisa de mim”, “se eu morrer é melhor pra todos”, “não mereço viver” ou “não aguento mais e quero morrer”, podem ser indicativos de que algo está saindo do controle. “Os números indicam crescimento no Brasil e no mundo. É fundamental observar se alguém está tendo uma mudança de hábito repentina, com isolamento e, principalmente, não julgar ou menosprezar isso achando que a pessoa não tem motivo. Esse mecanismo de negação do problema pode influenciar de algum modo”, observou a especialista. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) indicam que Arapiraca e municípios circunvizinhos têm mais casos, seguidos de Maceió e Rio Largo. As ocorrências também apontam que os métodos usados para tirar a vida são, pela ordem: enforcamento, uso de medicamentos, salto de penhascos ou pontes e arma de fogo. No Brasil são registrados 12 mil suicídios e no mundo 1 milhão de casos. Quanto à pandemia de Covid-19, a experiência em consultório mostrou o surgimento de novos pacientes apresentando quadro de ansiedade associado a medo do futuro, da morte e de parentes mais velhos.

AJUDA

Além da ajuda especializada, o trabalho de voluntários como os do Posto Centro de Valorização da Vida também pode influenciar na desistência de atos de desespero. Segundo a criadora, em Maceió e Arapiraca, professora Delza Gitaí, o trabalho se intensificou em todo o País, tanto que foram registradas em 2019 3 milhões de ligações para o serviço pelo telefone 188. “O que fazemos é um acolhimento através do ato de ouvir. A gente tem notado uma demanda alta nas 24 em que estamos à disposição das pessoas todos os dias. Muitos voluntários se dispuseram a aumentar, inclusive, o seu tempo à disposição porque outros integravam o grupo de risco para a Covid-19. Mas o trabalho não parou”, disse Delza. Nos últimos três anos, o serviço, que começou em Maceió, se ampliou para Arapiraca. No País já são 58 anos de atividade em defesa da vida por meio do acolhimento individual. Todo o trabalho é voluntário. Neste momento, inclusive, está convocando pessoas para a formação pelo www.cvv.org.br, além do Instagram e no Facebook

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