A situação dos feirantes e ambulantes que tomam conta do centro da capital alagoana já é um problema constante em Maceió. Apesar de muitos tirarem dali seu único sustento, em períodos como os vividos atualmente, em que a reabertura do Comércio acontece a passos pequenos, a concorrência na venda de produtos com preços abaixo da média acaba sendo desproporcional e complicando para o lado dos comerciantes.
Segundo o presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Santos, a situação não é nova e piorou agora após a retomada das atividades. “É muito prejudicial porque, além de tudo, é uma concorrência ilegal e desleal, eles vendem produtos sem garantia, de origem desconhecida, produtos que ninguém conhece a procedência e por preços baratos, ou seja, prejudica aqueles que vendem a preço de comércio e que pagam todos os impostos necessários para estarem ali. Eles não pagam nada, só estão ali vendendo”, disse.
“Além da retomada das atividades ser recente, questão de meses, mesmo quando as lojas estavam fechadas devido aos decretos e não podíamos trabalhar, eles estavam aqui vendendo, isso é injusto com os comerciantes. E nós podemos falar de vários deles, porque o comércio está cheio. Tem os ambulantes da Rua Cincinato Pinto, tem também aqueles que ficam na Rua das Árvores, da Praça Deodoro e, claro, aqueles que todos conhecem e ficam pelo calçadão do comércio, atrapalhando as vendas e o fluxo de passantes”, pontuo Guido Santos. O presidente destacou que, a fiscalização alega não ter quadro de funcionários para lidar com a demanda de ambulantes, por muitos estarem em casa devido a pandemia, já que fazem parte do grupo de risco de contágio da Covid-19, mas, afirma que isso não é justificativa, uma vez que, a situação dos ambulantes no centro não é novidade e já vem sendo discutida há alguns anos. FISCALIZAÇÃO A Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs), responsável pelas fiscalizações na capital, informou que está mantendo as ações de fiscalização para o ordenamento do Centro comercial da cidade. Todos os dias as equipes estão presentes e têm concluído o trabalho de forma orientativa e sem confrontos. Os fiscais percorrem as ruas, com o apoio dos guardas municipais, e atuam de forma preventiva para coibir irregularidades. Quem insistir, pode ter o material apreendido, fazendo cumprir a Lei n° 3.538, que criou o Código de Posturas da cidade. Com relação ao trecho da rua Agerson Dantas, onde a permanência de feirantes é liberada, a fiscalização é realizada todos os dias. Atualmente, cerca de 50 feirantes estão comercializando seus produtos na Rua Agerson Dantas. Eles foram realocados de outros trechos da região, a exemplo da Rua do Comércio, desobstruindo e restaurando a acessibilidade e a mobilidade urbana no principal corredor de ônibus.