Cidades
ESTUDOS APONTAM QUATRO MODALIDADES CICLOVIÁRIAS
Opções para melhorar a mobilidade em Maceió incluem ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas compartilhadas

Segundo estudos do DNIT, dos técnicos da prefeitura e dos ciclistas, Maceió precisa de quatro modalidades cicloviárias para atender à demanda. Cerca de 400 quilômetros de ciclovias, 200 quilômetros de ciclofaixa, 200 km de ciclorrota e cerca de 50 quilômetros de calçadas compartilhadas. A metade 400 quilômetros de malha necessária já ajudaria muito. A maioria dos pré-candidatos a prefeito diz que, entre seus projetos de mobilidade urbana, ciclovia é prioridade. Na infraestrutura faltam também os paraciclos e bicicletários. Os shoppings e alguns estabelecimentos de médio e grande mantêm paraciclos. Bicicletário não existe nenhum em locais públicos ou privados. A ciclovia, segundo engenheiros como Antônio Facchinetti, que já trabalhou no Departamento de Estradas de Rodagem (DER/AL) e hoje é do DNIT, tem separação física com o meio-fio e no mínimo 2,5 metros a 3 metros de largura. A ciclovia da orla não obedece ao padrão estipulado pelo Gepote (Grupo de Estudo, pesquisa sobre organizações, trabalho e Educação) quando idealizou o primeiro manual cicloviário bidirecional (mão e contramão) para o Brasil. Hoje, o Ministério das Cidades estipula as mesmas larguras. A ciclovia da orla tinha a medida padrão. Em 2007, a prefeitura reduziu para dois metros. Já a ciclovia da Avenida Márcio Canuto tem os três metros como instrui o ministério. As ciclofaixas, como nos outros estados, utilizam barrotes nas margens das vias para evitar que os motoristas entrem no espaço restrito das bicicletas com sinalização diferenciada em vermelho. Também são bidirecionais e têm de ter no mínimo 1,80 metro e 1,20 metro. A ciclorrota, em Maceió não há, mas a modalidade ocupa uma faixa da rua, conta apenas placas de sinalização do espaço dos ciclistas e não tem demarcação na pista.
CÁLCULO
Os 850 quilômetros cicloviários necessário para atender a população de 1,3 milhão de habitantes na cidade foram calculados com base na população, na infraestrutura e na dimensão da cidade. As associações de ciclistas e de atletas estimam mais de 20% da população, mais de 200 mil pessoas utilizam regularmente a bicicleta como meio de transporte, de atividades esportivas e de lazer. Para a maioria dos ciclistas, o poder público de Maceió não consegue enxergar a vantagem da bicicleta para a cidade que diariamente enfrenta longos engarrafamentos.