A vida volta, aos poucos, ao normal - ou ao ‘novo normal’ - em Alagoas, mas um novo relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acende um sinal vermelho e faz um prognóstico negativo para os próximos dias no estado. Após um período de estabilidade em novos casos e queda no número de óbitos causados pela Covid-19 no estado de Alagoas, a última semana teve um aumento acentuado no número de infectados e uma retomada na evolução das mortes, diz o documento. Segundo o professor Gabriel Bádue, que integra o grupo, essa é uma das principais constatações da 40ª Semana Epidemiológica do estado, assim como um aumento de novos casos na capital, onde a flexibilização caminha em um ritmo acelerado, acompanhando o que até então era uma queda nos números. O relatório constatou que, após uma estabilidade com média próxima de 550 novos casos semanalmente em Maceió durante semanas, um registro de 919 casos foi feito na última semana epidemiológica, entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro. Houve também um leve aumento no número de óbitos, que vinha em queda média de 10% e, dessa vez, teve um aumento de 3%. A íntegra do documento será divulgada após análise final dos resultados.
ISOLAMENTO EM QUEDA
Junto do aumento no número de casos e óbitos, o Estado de Alagoas faz uma movimentação contrária, de queda, nos índices de isolamento social. Segundo o Mapa de Isolamento Social da Inloco, o isolamento no estado oscila entre os 30% e 40%. O período onde a maior parte dos alagoanos está em isolamento é o domingo, segundo os dados agregados na plataforma, que usa informações anônimas de localização em smartphones que possuem aplicativos parceiros. No último domingo (04), a taxa de isolamento foi de 44% no estado. Os números, contudo, são bem diferentes em dias úteis, onde a porcentagem fica na casa dos 30%. Na sexta-feira (2), por exemplo, o número era de 33%. Alagoas não ultrapassa a marca dos 50% de isolamento social desde o final de julho.