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quinta-feira, 26/06/2025 | Ano | Nº 5997
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Macei�, a cidade origin�ria de uma propriedade rural

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VALMIR CALHEIROS Os maceioenses comemoram, hoje, os 188 anos da transformação em vila, em 5 de dezembro de 1815, da então povoação originária de uma vasta propriedade rural com um engenho de açúcar, chamada de Massayó, como os historiadores têm provado. Essa denominação fora dada pelos índios que viviam na região ao rio que cortava a propriedade e ainda desemboca no Oceano Atlântico ? atual Reginaldo, que também teria o nome de Salgadinho. Maceió permaneceu como vila por 24 anos, até ser elevada à condição de cidade e capital por uma resolução assinada pelo então presidente da Província de Alagoas, Agostinho da Silva Neves, e datada de 9 de dezembro de 1839. A historia de Maceió é feita de progresso. Sobretudo, por ter em Jaraguá um dos portos com localização mais privilegiada e movimentado do Nordeste brasileiro. Decorrido pouco tempo como capital, Maceió tornou-se famosa no Brasil inteiro e no exterior pelo seu mais antigo e belo cartão-postal: o Gogó da Ema, que ficava na Praia de Pajuçara, que continua destacada entre as mais belas do Brasil, com várias outras dentro do perímetro urbano. Suas terras são das mais ricas em potencialidades naturais. De produtos do mar, dos rios, das lagoas aos minérios. Do famoso sururu ao gás. A cidade também é uma das mais importantes do País em termos de artes e tradições culturais. Maceió tornou-se célebre como ?Cidade Sorriso? e ?Paraíso das Águas?. E até, entre as décadas de 20 e 30, como a Capital Cultural do Nordeste. Urbanização A atual capital dos alagoanos tem um vasto rol de belos exemplos de pioneirismo. Foi a primeira no País a ter luz elétrica e a segunda cidade brasileira, depois de Belo Horizonte, a utilizar telefones automáticos. Na década de 30, o único prédio que se destacava em foto panorâmica era o do Bela Vista Palace Hotel, que as marretadas transformaram em escombros como se fosse bombardeado, conforme recordaria o cronista Paulo de Castro Silveira. É dessa época a construção das primeiras marquises na cidade, que começaram com a da Loja América, de José Lages, no coração da urbe, em cuja parte mais central existia o Relógio Oficial, e havia quatro cinemas ? o Floriano, no local em que seria instalado o Cine Arte e em seguida o São Luiz; o Capitólio, Odeon e Delícia. Além de várias casas de chá, e suntuosos bares, entre os quais o Colombo, até hoje lembrado como importante ponto de encontro de homens de negócios e intelectuais, o Bar Alemão, o Ponto Chic, A Porta do Sol, o Helvética, além de outros, os primeiros grandes hotéis e das primeiras casas do baixo meretrício. Os anos 60 chegaram com o centro citadino emoldurado pelas casas residenciais, incluindo os sombradões com azulejos portugueses e velhas escadas de madeira, e os bondes, primeiramente puxados a burro e elétricos, a partir dos anos 30, deslizando pelas ruas abarrotados e já conduzindo cartazes de propaganda de firmas comerciais. Nessa primeira década da segunda metade do século passado, começaram a surgir os arranha-céus em Maceió, pelo Centro, sendo o Edifício Breda, o pioneiro. Programação cultural Em comemoração ao aniversário de Maceió, a Prefeitura promove, hoje, dois eventos na área cultural: a inauguração do auditório Arthur Ramos, em Jaraguá, e a reabertura da Galeria Rosalvo Ribeiro, na Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural. O auditório Arthur Ramos, que será inaugurado pela prefeita Kátia Born às 11 horas, está localizado no prédio da Fundação Arthur Ramos, em Jaraguá. Ele atenderá grupos, associações e movimentos culturais. No momento da inauguração, será aberto ao público em geral o Café Cultural Juvenal Lopes, que também está localizado no prédio da fundação. A Galeria Rosalvo Ribeiro, situada na Praça Marechal Floriano Peixoto, mais conhecida como Praça dos Martírios, será reaberta às 17 horas. A antiga galeria passou por uma ampla recuperação e ganhou novas instalações elétricas e hidráulicas, portas, além de banheiro, iluminação especial e jardinagem. Na oportunidade, os artistas plásticos prestarão uma homenagem ao professor e museólogo Pierre Chalita, com aposição de uma placa e retrato. ?Essa iniciativa emblemática atende a uma antiga solicitação dos artistas plásticos que agora passam a contar com um espaço permanente para exposições. Eles serão, inclusive, curadores e programadores de exposições?, disse o presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, Antônio Arnaldo Camelo. Camelo revelou que vai encaminhar expediente à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e ao Batalhão de Policiamento do Trânsito com a finalidade de reservar vagas para estacionamento de ônibus de turistas nas proximidades da praça. Ele também vai enviar correspondência às agências de turismo propondo a inclusão da Galeria Rosalvo Ribeiro no roteiro de visitas dos turistas. ?Vamos tornar a galeria o espaço permanente de exposição das artes plásticas?, afirmou.

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