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CERCA DE 60 DELEGACIAS ESTÃO FECHADAS POR FALTA DE ESTRUTURA EM AL

Levantamento feito pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas revela ainda a falta de mão de obra

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Ricardo Nazário, do Sindpol/AL, cita que há uma lei que obriga o Estado a manter um efetivo de 4 mil policiais
Ricardo Nazário, do Sindpol/AL, cita que há uma lei que obriga o Estado a manter um efetivo de 4 mil policiais -

Levantamento feito pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) revela que cerca de 60 delegacias de polícia estão fechadas no Estado por falta de estrutura física e de mão de obra. O problema é antigo e se agrava pela ausência de investimentos e de concurso público para aumento do quadro efetivo. Só de agentes e escrivães, a necessidade na Polícia Civil seria de, no mínimo, 1.500 servidores, segundo a entidade representativa. De delegados, chega a 100. A maioria destes distritos sem funcionamento está localizada no interior, obrigando delegados e policiais ao acúmulo de funções. Há casos, inclusive, de autoridades policiais que respondem por até sete delegacias ao mesmo tempo – e em municípios diferentes. Parte deste fechamento se deu no âmbito das delegacias regionais. Foram reduzidas de 11 para 5. Dados do Sindicato dos Delegados de Polícia de Alagoas (Sindepol/AL) mostram que, caso estes espaços voltassem a funcionar como plantonistas, cada delegado do interior teria que trabalhar, no mínimo, 86 horas extras para dar conta do serviço. Conforme o presidente do Sindepol/AL, Rubens Martins, são 90 delegados atuando na atividade-fim. Do total de 144 delegacias ativas, 46,5% não tem delegado titular e a maior parte das autoridades policiais acumulam, pelo menos, dois distritos para responder. Neste momento, há dois delegados que atua em 7 delegacias ao mesmo tempo e três em 6. Ricardo Nazário, presidente do Sindpol/AL, cita que há uma lei de 1996 que obriga o Estado de Alagoas a manter um efetivo de 4 mil policiais na ativa. A situação atual é bem aquém deste total. São 1.600 agentes e escrivães na ativa, sendo que 600 destes estão na iminência da aposentadoria, fora os que estão licenciados para tratamento de saúde ou por serem candidatos nas eleições deste ano. “Temos 25 policiais que se afastaram do serviço para disputar um cargo eletivo no pleito de 2020, o que acaba sufocando ainda mais o trabalho dos que estão na ativa. Sabemos que a atual conjuntura, com a realidade de sucateamento do serviço público, é impossível que a lei de 1996 seja cumprida, com a oferta de milhares de vagas para agentes e escrivães. No entanto, precisaríamos, no mínimo, de 1 mil novos agentes e 500 escrivães para dar um suporte imediato no trabalho da Polícia Judiciária”, diz Nazário. Segundo ele, a maior necessidade de efetivo se dá no interior do Estado. “O último concurso da Polícia Civil aconteceu em 2012, com oferta de 240 vagas. Deste total, boa parte que entrou já saiu por inúmeros objetivos”. A assessoria da Polícia Civil informou que o delegado-geral, Paulo Cerqueira, desconhece a informação da inatividade de 60 delegacias, garantindo que os distritos estão funcionamento normalmente.

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