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Nº 5852
Cidades Levantamento mostra que mais de 73% de crianças alagoanas de zero a cinco vivem em famílias pobres

73,7% DAS CRIANÇAS ALAGOANAS DE ZERO A CINCO ANOS SÃO POBRES

Em números absolutos, são 193.897 pequenos alagoanos vivendo na pobreza, aponta pesquisa

Por Hebert Borges | Edição do dia 20/10/2020 - Matéria atualizada em 20/10/2020 às 04h00

De cada 10 crianças alagoanas com idade entre 0 e 5 anos, sete vivem em famílias com renda domiciliar per capita menor que meio salário mínimo, ou seja, na pobreza. Em números percentuais são 73,7%. Os dados são referentes ao ano de 2019, fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios - Contínua (Pnad- Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pela plataforma Observa – Observatório do Marco Legal da Primeira Infância. A plataforma é uma ferramenta para o monitoramento das políticas públicas para as crianças de 0 a 6 anos no Brasil. A Observa é fruto de parceria entre a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) com a Fundação Bernard van Leer, com o patrocínio da Petrobras. Em números absolutos, são 193.897 pequenos alagoanos vivendo na pobreza. Destes, 94.112 são meninas, o que equivale a 74% das meninas alagoanas entre 0 e 5 anos, e 99.785 são meninos, 73% total de meninos entre 0 e 5 anos no estado. Quando considerada a cor ou raça da criança, a pobreza é uma realidade mais presente entre as crianças negras de Alagoas. Isso porque, 77% delas, o que significa 137.042, vivem nessa condição. Entre as crianças brancas, a pobreza atinge 67% delas, um total de 55.996. De acordo com os dados, a situação é ainda pior para 113.827 crianças alagoanas entre 0 e 5 anos, 43% do total nessa faixa etária, isso porque elas vivem em famílias onde a renda per capita é de até um quarto do salário mínimo. Os números da plataforma mostram também que 85,5% dos alagoanos entre 0 e 5 anos são beneficiários do bolsa família. Os números de Alagoas estão acima dos registrados em nível nacional, isso porque, segundo a plataforma, 47,6% das crianças de 0 a 5 anos no Brasil vivem em situação domiciliar de pobreza, 26,1 pontos percentuais a menos do que o registrado em Alagoas. As regiões Norte e Nordeste possuem as taxas mais elevadas (65,9% e 69,2%, respectivamente).

Os números nacionais também refletem a desigualdade racial no País, já que 59% das crianças negras de 0 a 5 anos no Brasil vivem em situação domiciliar de pobreza; enquanto que o percentual das crianças brancas, na mesma faixa etária, é de 34%.

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