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Inflação

PREÇO DOS ALIMENTOS SEGUE EM ALTA NOS SUPERMERCADOS DE AL

Arroz, óleo de soja, feijão e carne estão entre os produtos que tiveram aumento no preço e fizeram consumidor mudar hábitos

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Em outubro, a prévia da inflação dos alimentos atingiu 0,94%, segundo dados do IBGE
Em outubro, a prévia da inflação dos alimentos atingiu 0,94%, segundo dados do IBGE -

O aumento no preço de produtos do gênero alimentício vai continuar pesando na mesa e no bolso dos alagoanos até o fim deste ano. A alta no preço de produtos básicos como arroz, carnes, óleo de soja e feijão já vem sendo sentida há algumas semanas e fez com que a feira mensal tivesse que ser reduzida para compras semanais e em menor quantidade que o habitual. Em outubro, a prévia da inflação dos alimentos atingiu 0,94%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com os dados IBGE, esse aumento simboliza a maior alta do indicador para o mês desde 1995. Alimentos e bebidas ficaram 2,24% mais caros e responderam por 50% da alta. Tanto no IPCA-15, como no índice dos supermercados, óleo de soja, arroz e carnes são os produtos que lideram os aumentos, com altas de 22,34%, 18,48% e 4,83%, respectivamente, na prévia da inflação deste mês. De acordo com Edmilson Delfino, gerente de um supermercado da parte baixa da capital, os produtos se mantém com preços elevados desde o último aumento. “Isso me referindo a produtos como arroz, feijão, óleo de soja etc. Outros produtos tiveram oscilações, mas nada relevante e fora do comum”, disse. O preço do óleo, segundo Delfino, fica na faixa dos R$ 7,59, com pequenas oscilações a depender da marca. O produto, antes do aumento, chegava a custar R$ 4,99, simbolizando um avanço de até 52,1%. No caso das carnes, a diferença se dá por aumentos de até R$ 7,00 do preço padrão. O arroz chega atualmente até a R$ 5,00, aumento acentuado em comparação aos R$ 3,00 que costumava custar. Em outro supermercado, desta vez no bairro do Farol, segundo o gerente do local, Maciel dos Santos, os preços também não diminuíram, mas os consumidores não deixaram de comprar. “Acredito que, devido o auxílio emergencial, alguns estão menos preocupados. A situação tende a apertar quando o auxílio acabar”, pontuou. Ele acredita que uma diminuição no preço dos produtos só deve acontecer no primeiro trimestre de 2021, quando, de acordo com ele, os produtores devem focar a venda no Brasil e não no exterior, diminuindo, por consequência, o preço que os produtos chegam nos supermercados de todo o país.

FAMÍLIAS

O aumento no preço dos produtos é sentido diretamente na mesa da população, que precisa reduzir a feira mensal para continuar comprando tudo, como é o caso de Lenilde Maria. “Aqui a feira é mensal, ou seja, vamos uma vez por mês e compramos tudo. Antes da pandemia as compras nunca chegaram a acabar antes do último dia do mês, por exemplo. Hoje, dia 20 já temos que ir comprando uma coisinha aqui e ali, porque acabou. E nem é questão de luxo, porque são alimentos básicos, como arroz e feijão, coisa que não pode faltar na mesa de ninguém”, relatou. Adriana Beatriz, educadora física, também sente o aumento nos preços e destaca que comer, principalmente de forma saudável, fica cada vez mais difícil. “Hoje, para quem quer manter uma dieta mais saudável está complicado. Se o básico já não temos como comprar, imagina os demais. Aqui em casa tenho duas crianças, ou seja, a compra de leite mesmo, que também aumentou o preço, está quase insustentável”, informou.

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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