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Cidades

VACINA SÓ CHEGARÁ A AL QUANDO MINISTÉRIO COMPRAR, DIZ SESAU

Atualmente, existem quatro vacinas em fase de testes no Brasil

Por william makaisy | Edição do dia 31/10/2020 - Matéria atualizada em 31/10/2020 às 12h16


O ‘chove e não molha’ em torno da produção e compra de uma vacina contra o coronavírus vem ecoando em todos os estados brasileiros. Em Alagoas, o Estado é enfático ao dizer que a obrigação da compra e repasse é do governo federal. Atualmente, existem quatro empresas com vacinas em fase de testes no Brasil: a AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford e a Fiocruz; Pfizer, em parceria com a BioNTech; Johnson & Johnson, por meio da subsidiária Janssen; e a própria Coronavac, parceria do laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou que a obrigação da compra e repasse de uma vacina que seja comprovadamente eficaz contra a Covid-19 é do governo federal. “Diante disso, Alagoas irá aguardar a aprovação de uma vacina com eficácia comprovada para prevenir a Covid-19 e, consequentemente, a aquisição por meio do Governo Federal, o qual irá encaminhar à Sesau o quantitativo para imunizar toda a população nos 102 municípios alagoanos, conforme ocorre, historicamente, a cada campanha de vacinação.”

O posicionamento do governo é o correto, de acordo com o infectologista Marcelo Constant.“Esse é o procedimento mais válido possível, porque é o que ocorre em todas as vacinas que são aplicadas no Brasil. Quem promove a distribuição é o Ministério da Saúde. É a mesma coisa que ocorre com a vacina da gripe (influenza) que, a título de curiosidade, é produzida também na China”, pontuou.

Constant salienta ainda que o que vem acontecendo no Brasil é nada mais que é uma disputa política e que o presidente Jair Bolsonaro tem colocado suas diferenças com o governador de São Paulo, João Dória, acima de suas responsabilidades enquanto chefe de estado. “Estão transformando uma questão de saúde pública em conflito político em plena pandemia, isso não existe”, destacou.

A respeito de uma possível vacinação ocorrer ainda este ano, o médico pondera ser improvável, dado o tempo de produção de uma vacina totalmente efetiva. “É complicado falar em vacinação este ano ainda. O que temos hoje em dia já é um avanço enorme, em menos de uma ano já avançamos muito na produção desse medicamento, coisa que antes não era possível, contudo, ainda existe um longo caminho para se percorre”, afirmou.

“A que temos mais próxima seria essa Coronavac, que está no meio desse turbilhão de conflitos políticos. A produzida por Oxford, pelo que eu soube, teve um atraso na produção de um dos insumos. Ou seja, as opções estão complicadas. Acredito que somente no primeiro semestre de 2021 tenhamos uma vacina em circulação. Claro, pode vir antes, mas acho difícil”, disse o infectologista.

Ele frisa ainda lembra que o risco de uma segunda onda não é totalmente descartado. “Estamos produzindo a vacina para um vírus, que pode sofrer mutação, ou seja, se isso ocorrer, a vacina vai atuar em um tipo de vírus que não está mais infectando”.

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