app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5854
Cidades Maceió, 23 de julho de 2020
Parada de taxi na Rua Oliveira e Silva, no centro do comércio de Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

TAXISTAS E MOTORISTAS DE APLICATIVOS SE ARRISCAM PARA LUCRAR NA PANDEMIA

Mesmo durante o período mais crítico da proliferação do novo coronavírus, profissionais não deixaram de trabalhar

Por tatianne lopes | Edição do dia 07/11/2020 - Matéria atualizada em 07/11/2020 às 04h00

A pandemia do novo coronavírus parou diversos setores da economia por alguns meses em todo o Estado. Depois, aos poucos, alguns estabelecimentos foram reabrindo conforme o avanço da Fase de Distanciamento Social Controlado do Governo do Estado. Mas, mesmo em pleno surto de casos em Alagoas, motoristas por aplicativos de passageiros e taxistas não paralisaram as atividades em nenhum momento, colocando-se em risco durante todo isolamento social. Muitas pessoas perderam os empregos durante a pandemia e viram no serviço autônomo a alternativa para levar o sustento para as famílias. Em outros casos, os profissionais que já encaravam o trânsito de Maceió, continuaram o trabalho, colocando em risco a saúde. O motorista Lucas Rodrigues afirma que toma todos os cuidados para não contrair o vírus e, ainda, proteger sua esposa que está grávida. “Eu sempre chego em casa e vou direto tomar banho e a roupa que uso coloco para lavar imediatamente. Tomei a iniciativa de não levar ninguém no banco da frente, já para manter a distância dos passageiros e não me infecta, levando também para casa”, disse. A conscientização do uso de proteção por parte dos clientes é algo que dificulta a vida dos motoristas. Ele diz que muitas vezes recusou a corrida pela recusa dos passageiros em usar máscara. Além dos cuidados básicos, o motorista também disponibiliza álcool em gel para o clientes e faz a higienização do veículo a cada corrida. “Alguns clientes estão se protegendo, outros não. Às vezes deixo de ganhar (o valor da corrida) porque eles estão sem máscara e eu não levo. Já não faço o uso do ar-condicionado e deixo sempre as janelas abertas para o ar circular livremente”, afirma. Conforme Lucas, o faturamento durante a pandemia não foi ruim. Ele conta que chegou a recusar um emprego de carteira assinada nesse período para continuar trabalhando como motorista de aplicativo. “O faturamento, em algumas partes compensa. Nas empresas que passei não ganhei muito, mas aqui pelos aplicativos eu ganho mais. Porém, a manutenção do carro às vezes não compensa porque o aplicativo prioriza o cliente e esquece um pouco do motorista, colocando corridas muito baratas e em locais de difícil acesso. Mas, em relação a algumas empresas que pagam salário mínimo, compensa mais estar rodando pelo aplicativo”, finaliza.

Mais matérias
desta edição