Paralisados desde a última segunda-feira (16), os policiais penais aguardam a reunião entre a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), marcada para acontecer na próxima terça-feira (24), para definir os rumos da paralisação que suspendeu alguns serviços nas unidades prisionais do Estado.
O presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Servidores e Trabalhadores do Sistema Prisional de Alagoas (SINASPPEN), Vitor Leite, disse que a categoria permanece em greve até ouvirem a proposta do Governo. Os policiais cobram a continuidade do pagamento da bolsa-qualificação, no valor de R$ 505, que se encerrou no último dia 30.
“Teremos uma assembleia na quarta-feira - um dia após a reunião - para avaliar a proposta do governo e, assim, decidir. Se a proposta for viável e aceita pela maioria, nós suspenderemos a paralisação. Caso contrário, a gente continua por tempo indeterminado”, disse.
Atualmente, 620 policiais penais trabalham na área operacional e administrativa. A categoria cobram outras demandas como a renovação do processo de horas extras que vence em dezembro, a reposição salarial que não ocorre há cinco anos, concurso público e melhores condições de trabalho.
“Porém, a questão mais urgente no momento é a bolsa que recebemos até outubro. Serão menos R$ 505 no nosso orçamento. Temos uma proposta para que o governo crie uma lei com reajuste real para a nossa categoria, já que estamos há cinco anos sem nenhuma reposição salarial, para entrar em vigor em janeiro de 2022, por conta da Lei Complementar que está em vigor. A gente entende que o governo não pode conceder reajuste, mas queremos, pelo menos, manter o que já temos”, ressaltou.
Por meio de nota, a Seris informou que já adotou todas as providências para garantir o pagamento da bolsa qualificação dos policiais penais, reafirmando a importância da mesma diante da necessidade de permanente qualificação do servidor penitenciário.
A assessoria disse, ainda, que todas as famílias dos reeducandos foram informadas sobre a paralisação. Os serviços suspensos seguirão até terça-feira.
Conforme a Seris, será feito um novo cronograma de entrega de feiras, que foram suspensas na segunda-feira. Também será divulgado o calendário de retorno gradativo das visitas aos presídio, que deve retornar no início de dezembro.