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PROJETO DE MEMORIAL PARA ACERVO HISTÓRICO SUMIU

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Imagem ilustrativa da imagem PROJETO DE MEMORIAL PARA ACERVO HISTÓRICO SUMIU
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O tombamento da Serra da Barriga neste 20 de novembro completou 35 anos. A solenidade presidida pelo então ministro da Cultura, Aluízio Pimenta, atraiu lideranças do Movimento Negros do Brasil, representantes de países africanos, parlamentares e líderes indígenas. Naquela ocasião ficou definido que, além da reprodução do Quilombos dos Palmares, o platô da serra abrigaria também o memorial que guardaria os acervos históricos da luta contra escravidão no Brasil. O que existe até hoje é um acervo arquitetônico e cenográfico da fortaleza de Palmares. Ninguém sabe onde foi parar o projeto do memorial. Um dos militantes do Movimento Negro de Alagoas que ajudaram no trabalho de identificação do sítio histórico e tombamento da serra da Barriga, o professor-doutor da Universidade Federal de Alagoas Zezito Araújo cobra: “Cadê o Memorial?”. Segundo ele, “a luta de Zumbi ainda não acabou”. Junto com o coletivo de intelectuais negros do Brasil, o professor está relançando a campanha internacional para a construção do “Memorial Zumbi”, um centro de referência quilombola. “Queremos mobilizar a sociedade brasileira para a construção desse memorial no sopé da Serra da Barriga”. O prefeito Areski Freitas é simpático ao projeto porque promoverá o turismo. O Instituto de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural Nacional (Iphan) também. “Agora, cabe ao movimento negro nacional fazer esta mobilização”, disse o professor Zezito.

APATIA

Com relação à apatia da Fundação Palmares, administrada por Sérgio Camargo, que não reconhece a luta de Zumbi nem o movimento negro, o professor Zezito explicou que a fundação é uma instituição criada pelo movimento negro, no entanto o gerenciamento é de pessoas nem sempre identificadas com a luta. “Esse é o caso do atual presidente da fundação”.

Segundo ele, a serra é um espaço com acervos, mas precisa de equipamentos que guardem a história do Quilombo dos Palmares. “Não temos na serra nenhum equipamento de pesquisa. Por isso, a luta agora é a construção de centro de referência histórica, de documentação do negro na diáspora, daí esta necessidade porque ha uma peregrinação permanente na serra”. AF

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