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Nº 5811
Cidades

MT anuncia invas�o, saque e bloqueio de rodovias

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores (MT), Valdemir Agostinho, afirmou, ontem, que os sem-terra estão dispostos a invadir Maceió, praticar saques e fechar rodovias, a partir de segunda-feira, caso o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Ag

Por | Edição do dia 04/04/2002 - Matéria atualizada em 04/04/2002 às 00h00

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores (MT), Valdemir Agostinho, afirmou, ontem, que os sem-terra estão dispostos a invadir Maceió, praticar saques e fechar rodovias, a partir de segunda-feira, caso o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não agilize o processo de desapropriação das fazendas Belo Horizonte, em Novo Lino, Papuã e Santa Luzia, em São Luís do Quitunde. O MT desbloqueou, ontem, as rodovias BR-101 e AL-430 depois que uma comissão de negociação, composta durante a reunião do Conselho Estadual de Justiça e Segurança (CEJS), garantiu que vai agendar uma reunião com o ministro da Reforma Agrária, Raul Julgman, para discutir a desapropriação da Fazenda Belo Horizonte. “Vamos nos reunir com a comissão amanhã, na sede da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), quando teremos uma resposta sobre o agendamento dos encontros em Brasília. Caso não sejam confirmados, vamos radicalizar”, disse o coordenador, em tom de ameaça. Agostinho ressaltou que a propriedade rural já foi considerada improdutiva pelos técnicos do Incra e está aguardando apenas uma portaria do ministro da Reforma Agrária. “O processo já está em Brasília, há mais de oito meses. Inclusive, durante um encontro, no Recife, apresentamos o problema da Belo Horizonte para o Julgman, que prometeu a imediata desapropriação”, lembrou. Segundo o coordenador do MT, foi garantido, ainda, o agendamento de uma reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Maurício Correia, onde será discutida a morosidade no processo de desapropriação das fazendas Papuã e Santa Luzia. “Os proprietários dos latifúndios conseguiram liminares que impedem que o Incra faça a distribuição das terras. Queremos sensibilizar o ministro para que ele derrube os atos judiciais”, enfatizou. A comissão de negociação composta, ontem, durante a reunião do CEJS foi formada pelo secretário de Justiça, Tutmés Airan; ouvidor-geral do Estado, Geraldo Majella; presidente do Comissão Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Everaldo Patriota; chefe de gabinete da Secretaria de Defesa Social, Gerônimo Teobaldo, e o padre Manuel Henrique.

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