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Nº 5693
Cidades

CASO JONAS: CORREGEDORIA INVESTIGA OITO POLICIAIS

Mais de um mês após o desaparecimento de Jonas Seixas da Silva, oito militares estão sendo investigados no âmbito administrativo da Polícia Militar (PM) no caso. Nenhum deles foi afastado até o momento, e os investigadores aguardam resposta da Secretaria

Por luan oliveira | Edição do dia 27/11/2020 - Matéria atualizada em 27/11/2020 às 04h00

Mais de um mês após o desaparecimento de Jonas Seixas da Silva, oito militares estão sendo investigados no âmbito administrativo da Polícia Militar (PM) no caso. Nenhum deles foi afastado até o momento, e os investigadores aguardam resposta da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) sobre dados de GPS das viaturas que possam comprovar a versão dos acusados. Segundo o responsável pelas apurações no âmbito administrativo da Polícia Militar, o Major César Monte, os militares afirmam que liberaram o homem próximo à Jacarecica, a pedido do próprio, momentos depois de terem o detido na abordagem. “Toda viatura tem um GPS conectado ao rádio”, explicou o Major, “fizemos o pedido à SSP para ter acesso à localização das guarnições para confirmar a versão deles”. Dois ofícios foram enviados à secretaria pelo Major, um na semana passada e outro nesta quarta-feira (25), com mais militares. Segundo Monte, o retorno dos ofícios deve vir nos dias 30 de novembro ou 1º de dezembro. Responsável pela ouvidoria, coronel Thúlio Emery afirma que o relatório completo das descobertas das investigações deve chegar em sua mesa na semana que vem, quando se encerra o prazo de 15 dias da investigação, que já havia sido prorrogada anteriormente à pedido do Major César Monte. Até o momento, nenhum dos oito militares foi afastado da polícia, e seguem atuando nas ruas.

RELEMBRE O CASO

Jonas Seixas da Silva desapareceu no dia 9 de outubro na Grota do Cigano, no Jacintinho. Segundo familiares dele, policiais invadiram a casa onde ele morava com a esposa sem apresentar mandado e vasculhou o seu quarto. No momento, Jonas, que faz bico de pedreiro pela cidade, estava trabalhando. No caminho para casa, Jonas foi abordado pelos policiais e colocado no porta malas. Segundo sua esposa, estava pedindo água e com spray de pimenta nos olhos. Os militares a informaram que ele seria levado para a Central de Flagrantes mas, desde então, não foi visto. Uma comissão de delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi criada para investigar o caso do desaparecimento, e a PM abriu processo administrativo para apurar a conduta dos militares.

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