Cidades
Professores do Estado querem negociar as perdas salariais

Os servidores estaduais da Educação realizaram, ontem pela manhã, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal), uma assembléia para discutir uma extensa pauta de reivindicações, contendo 18 itens, e que, inclusive, já foi encaminhada ao governador do Estado, Ronaldo Lessa; ao secretário da Fazenda, Sérgio Dória; à ex-secretária de Educação, Maria José Viana; e ao atual secretário, Marcos Vieira. ?Queremos que o governo do Estado veja as perdas salariais dos profissionais da Educação, que são fortíssimas. Queremos negociar?, afirmou a presidente do Sinteal, Lenilda Lima. Nos itens, consta a recuperação do Plano de Cargos e Carreira da categoria, no tocante à valorização profissional, com a modificação dos percentuais do pessoal do Nível Superior, mestrado, especialização e doutorado. Além disso, os servidores lutam pelo reajuste de 14,92% que dá aos professores de Nível Médio um piso salarial de R$ 338,53, com jornada de 20 horas. ?Queremos, ainda, a reforma da Lei 6.197/2000 do PCC, para resgatar a jornada de trabalho que valorize e propicie ao professor planejar e atender à comunidade com o acompanhamento dos alunos que têm dificuldade de aprendizagem?, explicou Lenilda. Segundo ela, o sindicato vai também em busca da divisão da carga horária dos professores da 1a a 4a séries e dos professores de 5a à 8a séries com mais de 15 anos em sala de aula, ou seja, que eles dêem 50% da carga horária em sala de aula e 50% fora dela. ?Os professores estão gastando todo o tempo dentro das salas de aula. Isso está, inclusive, gerando uma depressão nesses profissionais, a chamada Síndrome de Dournout, em função de tanto desgaste e acúmulo de jornada de trabalho, além, é claro, da atual situação salarial?, observou. ?Se eles não têm tempo disponível fora das salas de aula, como vão poder se aperfeiçoar profissionalmente, se aprofundar no conhecimento??, completou. A categoria defende também o pagamento das gratificações para os professores do Magistério e a jornada única de 30 horas para o pessoal de nível elementar, bem como a revisão do pessoal administrativo, cujo piso único é de R$ 230,00.