A mudança no Ministério do Turismo ocorre em momento difícil para o setor hoteleiro, paralisado durante a pandemia do novo coronavírus. Em Alagoas, a expectativa é que Gilson Machado, no titular da pasta e que tem empreendimentos no litoral Norte do estado, tenha o entendimento sobre o momento de dificuldade e atue de forma técnica. Para Mauro Vasconcelos, empresário do setor hoteleiro e diretor comercial da ABIH/AL (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas), o apoio do Ministério do Turismo é fundamental porque o setor foi um dos primeiros a sofrer impacto com a crise e será um dos últimos a sair dela. Segundo ele, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a ocupação hoteleira de 2020 está cerca de 25% abaixo quando comparada com o mesmo período de anos passados. "Quando a pessoa conhece a região é sempre bom, mas a gente tem que pensar tecnicamente para o Brasil. É sempre muito bom que a pessoa já tenha uma experiência e conheça o turismo para poder melhorar a gestão. Se aproveitar a equipe técnica, dar continuidade aos projetos que tem e aprimorar os outros com certeza terá muito sucesso", afirma Vasconcelos. André Santos, presidente da ABIH-AL, afirma que teve pouco contato com o novo ministro do Turismo, Gilson Machado, mas que aguarda atenção para o setor hoteleiro que ainda não se recuperou e não sabe o que irá acontecer em 2021. "A gente precisa de uma pessoa realmente técnica que conheça o mercado. Nós ainda estamos engatinhando nessa recuperação e não se sabe o que vai acontecer na alta temporada", declara. O pernambucano Gilson Machado foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro - deixou a Embratur e nomeado para o Ministério do Turismo -após exoneração de Marcelo Álvaro Antonio esta semana. Quando tenta se reerguer, o setor hoteleiro sente, ainda, o impacto do cancelamento da queima de fogos no réveillon, na orla de Maceió, e a restrição à quantidade de pessoas nos eventos de fim de ano em Alagoas, por causa da pandemia do coronavírus.