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MACEIÓ, ARAPIRACA E RIO LARGO LIDERAM ESTATÍSTICA

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De acordo com a estatística, os municípios mais violentos no ano de 2020 foram Maceió, Arapiraca e Rio Largo. Em Maceió, 366 pessoas foram assassinadas de janeiro a novembro deste ano e 347 no mesmo período do ano passado. Um aumento de 5%. E uma média de 1,06 mortes por dia na capital. Mais de 91% eram homens, quase 58% das vítimas tinham de 18 a 29 anos e perto de 69,7% foram mortas por arma de fogo.

Em Arapiraca, 71 pessoas foram assassinadas até o mês de novembro, segundo a estatística da SSP, com média diária de 0,21. Porém, o maior município do Agreste teve um aumento no número de casos em dezembro. Até o dia 28 deste mês, mais 14 assassinatos foram registrados na cidade, nove deles ocorreram nas últimas semanas do mês. Os dados mostram que desde o ano de 2018 - quando registrou 10 mortes -, Arapiraca não tinha um mês de dezembro tão violento. Das mortes, mais de 95% eram homens, com idade entre 18 e 29 anos. Mais de 70% dos homicídios foram cometidos por arma de fogo.

O município de Rio Largo, na Região Metropolitana, registrou 41 homicídios este ano e 37 no ano de 2019. Um crescimento de 10% na comparação entre os dois anos.

FEMINICÍDIOS

O assassinato de mulheres teve um aumento em todo o Brasil. Nos primeiros seis meses de 2020, 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta em plena pandemia do novo coronavírus – um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2019, segundo levantamento feito pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal e faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em Alagoas, apesar de mostrar uma pequena redução no número de feminicídios, o cenário não é diferente de outros estados. Conforme dados apresentados pela estatística da SSP, 32 mulheres foram assassinadas do início do ano até o mês de novembro. Uma leve queda em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Estado registrou 41 mortes. No entanto, a realidade enfrentada por muitas mulheres é cruel. A pandemia e o consequente isolamento social agravaram uma situação já insustentável. A OAB/AL tem acompanhado os casos em Alagoas e ampliou os canais de denúncia à população. “O drama da violência doméstica e familiar infelizmente ainda é naturalizado por muitas pessoas. Por isso, a conscientização, o encorajamento à denúncia e o fortalecimento da rede de atendimento especializado precisam ser priorizados. Nós, enquanto OAB, atuamos nessa frente com muita entrega desde o início da pandemia. Oficiamos os órgãos para ampliar os canais de denúncia, cobramos o funcionamento e a ampliação da rede de atendimento especializado, contribuímos para criação da Patrulha Maria da Penha Arapiraca e realizamos algumas campanhas de conscientização e incentivo à denúncia”, explica a advogada Anne Caroline Fidelis, mestra em sociologia pela UFAL e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB AL. Frente à causa feminista, a Associação AME mulheres vi´timas de viole^ncia, e prestar um atendimento emergencial, bem como feminicídios em todo o Estado. Em 2020, a AME acompanhou 18 casos de mortes de mulheres. Em nenhum deles o acusado foi julgado. “Essa demora traz para a vítima e para o agressor a sensação de impunidade e, assim, eles cometem novos crimes, muitas vezes contra a mesma mulher. As mulheres não estão mais protegidas na pandemia porque o seu agressor está dentro de casa. Fizemos levantamento de dados e descobrimos que quase 80% das vítimas que atendemos em 2020 foram agredidas por seu marido, companheiro, pai, padrasto ou irmão, dentro de sua própria casa. As leis atuais não são suficientes. Consideramos brandas e, o maior problema, é a falta de efetivação delas”, expõe Julia Nunes, presidente da AME.

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