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Cidades

SOBE PARA 91 NÚMERO DE POLICIAIS CIVIS INFECTADOS POR COVID

Para Sindpol, total pode ser maior porque muitos não notificam a corporação para não perder adicional e verba de alimentação

Por william makaisy | Edição do dia 14/01/2021 - Matéria atualizada em 14/01/2021 às 04h00

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) divulgou, na quarta-feira (6), que o número de agentes infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) no estado chegou a marca de 91 casos. O número simboliza um aumento de 111% se comparado a junho do ano de 2020, quando 43 profissionais tinham sido infectados. Os óbitos registrados também subiram, chegando a dois. Paralelamente ao crescimento no número de infectados, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL) informou que não há assistência para os profissionais por parte do Estado. Ainda de acordo com os dados, dois profissionais foram afastados de forma preventiva, após terem contato com alguma pessoa doente. Ao todo, 359 testes que detectam a presença do vírus foram realizados, onde 268 foram descartados. O número de recuperados já chega a 87. Segundo o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, apesar de o quantitativo de casos já ser alto por si só, eles não representam totalmente a realidade encontrada em Alagoas. “Esses números não são totalmente reais porque existem muitos profissionais que pegam a Covid-19 mas não notificam a corporação. Porque ao notificar e precisar ficar em casa, eles perdem o adicional noturno e a verba de alimentação, ou seja, o medo faz com que não se pronunciem”, pontuou. “Não há respaldo com o profissional de segurança em Alagoas. O número real seria muito maior se a comunicação fosse feita por parte dos policiais. Até mesmo o número de óbitos, por exemplo, é maior. Nos nossos cálculos o número de mortos pela Covid-19 já chega há seis casos, mas por conta da família, que resolve não se pronunciar, fica esse quantitativo baixo, que não é real”, disse. O presidente reforçou que não há respaldo físico, psicológico ou financeiro por parte da Secretária de Segurança Pública (SSP) para o policial que venha a contrair o vírus, e por conta disso, ele resolve não abrir o caso ao público. “Depois de muitas manifestações e reivindicações nós conseguimos que ofertassem EPIs nas delegacias. Algo que deveria ser básico. E ainda assim recebemos materiais defasados, com limites de uso. A SSP em si somente ofertou testes depois de muito pedido, lá no centro médico da PM.” A secretaria informou que adotou um protocolo para atender a todas as forças de segurança durante esta pandemia. Indicando local para realização de exames e outros procedimentos. "Também investimos, junto as direções de todas as corporações, na aquisição de equipamentos de proteção e também disponibilização de material de higiene. Isso também se estende a casos de feridos em qualquer circunstância. A SSP sempre está a disposição das corporações para atuar em defesa de policiais civis e militares, bombeiros e peritos", destacou a entidade.

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