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Nº 5693
Cidades Maceió, 21 de dezembro de 2020
Movimento no centro do comércio de Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

CASOS E MORTES POR COVID ACELERAM EM MACEIÓ E ARAPIRACA

Duas cidades concentram quase a metade de todos os infectados do Estado e 51% dos óbitos

Por regina carvalho | Edição do dia 16/01/2021 - Matéria atualizada em 16/01/2021 às 04h00

O ritmo de crescimento da Covid é maior em Maceió e Arapiraca, cidades que concentram juntas perto da metade de todos os casos confirmados e de mais 51% dos óbitos pelo coronavírus notificados em Alagoas. Nesses municípios destaca-se ainda a alta incidência da doença por cem mil habitantes, que ultrapassa 6,2 mil na cidade do Agreste e de 3,8 mil na capital, maior que a média registrada no estado que é de 3,2 mil. Em um mês, da primeira quinzena de dezembro e de janeiro, houve um acréscimo de 18,6% do número de casos confirmados de Covid em Maceió e de 10% em relação as mortes. Em Arapiraca, o aumento foi de 9% de registro de infectados e de 7,4% sobre os óbitos provocados após infecção pelo coronavírus. Os pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que compõem o Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 alertaram no último boletim sobre o aumento da transmissão do novo coronavírus em Alagoas, com tendência de alta de casos. Dez dos cinquenta bairros detêm mais da metade dos casos confirmados e de mortes por Covid em Maceió: Benedito Bentes, Cidade Universitária, Jacintinho, Ponta Verde, Jatiúca, Tabuleiro do Martins, Serraria, Clima Bom, Ponta Grossa e Feitosa. Juntos, eles têm mais de 20,3 mil pessoas infectadas pelo coronavírus e perto de 600 óbitos. Arapiraca ocupa a segunda colocação com mais casos (14,5 mil) e mortes (perto de 200) em Alagoas e é o primeiro município em relação à taxa de incidência da Covid por cem mil habitantes. Nesse município do Agreste, foram mais de 1,3 mil casos e de vinte óbitos registrados na zona rural.

“Segundo nosso último relatório, que incluiu os dados da primeira semana epidemiológica de 2021, a transmissão do novo coronavírus continua descontrolada em Alagoas, comportamento evidenciado pela alta na incidência de casos e óbitos nas últimas semanas. Apesar de a maioria dos casos notificados na 1ª SE estar concentrado em Maceió (1.518 casos), o aumento de casos foi registrado em quase todas as regiões do estado”, disse o pesquisador Gabriel Bádue, do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19. Segundo o pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), entre as localidades analisadas no estudo, Maceió e Arapiraca foram as que apresentaram maior incidência de casos na primeira semana de 2021, igual a 149 e 142 casos para cada 100 mil habitantes, respectivamente. “Quanto aos óbitos, após atingir um patamar semanal de sete óbitos por mais de dois meses, Maceió voltou a apresentar aumento de óbitos por Covid-19 nas últimas semanas de 2020, registrando 27 mortes na 1ª semana epidemiológica”, completa o pesquisador da Ufal.

MORTES EM ALAGOAS

Como se toda a população do Pontal da Barra, bairro de Maceió, ou quase 90% dos moradores de Pindoba, município alagoano, deixassem de existir. Essa é a conta de uma pandemia que já matou em Alagoas cerca de 2,6 mil pessoas desde o fim de março do ano passado quando foi confirmada a primeira morte pelo novo coronavírus, que já infectou mais de 110 mil pessoas nos municípios. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) detalha em boletim sobre a SE (03 a 09/01/2021) que Maceió apresentou 41.732 casos confirmados para Covid-19, sendo 1.165 óbitos de residentes na capital (números diferentes da Sesau).

A taxa de letalidade para a doença é de 2,79% e, de acordo com casos confirmados para Covid-19, segundo sexo e faixa etária, são 18.461 casos do sexo masculino e 23.271 casos do sexo feminino e as faixas etárias mais acometidas são de 30 a 39 anos – 10.732 casos, seguido de 40 a 49 anos – 8.884 e 20 a 29 anos – 8.029 casos.

Leia mais na página A12

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