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MTST DENUNCIA TRUCULÊNCIA DA PM EM OCUPAÇÃO

Membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) presenciaram cenas de um verdadeiro terror na noite desse sábado (23), no Acampamento Tereza de Benguela, na Cidade Universitária, parte alta de Maceió. Segundo denúncia feita por integrantes do Movimento, policiais militares teriam invadido o lugar e agido com truculência, chegando a agredir fisicamente um dos moradores.
De acordo com Eliane Silva, membro da coordenação nacional do MTST, policiais militares chegaram a ameaçar atirar contra os moradores do local. “Por volta das 23h do sábado, a Polícia Militar entrou no Acampamento Tereza de Benguela e causou uma verdadeira cena de terror na vida dos trabalhadores que lá estavam. Realizaram uma abordagem truculenta e racista, que deixou aqui pessoas marcadas com as cenas de terrorismo que a polícia do estado fez, dizendo que iriam atirar, nos chamando de bandido, de maloqueiro e de marginais”, disse. Em um documento enviado pelo MTST à Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas (Semudh), onde foi formalizada a denúncia, eles afirmam ter sido ilegal a ação promovida pela PM, uma vez que não foi apresentado um mandado judicial que permitisse a entrada de policiais militares no acampamento e não havia, também, qualquer flagrante que justificasse a ação. Na manhã desta segunda-feira (25), o MTST realiza uma manifestação com cerca de 100 pessoas, em frente à sede da Semudh, centro da capital, a fim de protestar contra a ação sofrida pelos moradores do acampamento pela Polícia Militar (PM) e pedir intervenção da secretaria quanto ao caso sofrido. Uma reunião com a Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual (MPE); a secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria José; e o secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar, foi marcada para as 11h desta segunda. A Gazeta tentou contato com a assessoria da Polícia Militar de Alagoas, mas ainda não obteve retorno.