O adiamento das festividades de carnaval, definido pela Prefeitura de Maceió durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (3), pegou algumas entidades de surpresa, como a Aliança Comercial e a Liga Carnavalesca de Maceió, que não acreditam que uma data deva ser definida agora. A previsão do poder público é que os festejos aconteçam no mês de setembro de 2021, entre os dias 4 e 7, onde também é comemorado o feriado da Independência do Brasil. Outras capitais brasileiras permanecem analisando possíveis datas. Para o presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Júnior, o comunicado sobre a mudança da data foi uma surpresa. “Nós fomos pegos de surpresa com essa mudança e, francamente, não vemos sentido algum nela. Vamos estar em setembro, não é época de carnaval, isso vai mexer com todo o calendário de feriados que temos preparado para o comércio.. Realmente não sei como isso pode ser de alguma forma efetivo. Era melhor não realizar esse ano”, disse. O presidente da Aliança Comercial também destacou que a definição de um mês foi apressada considerando que outras capitais ainda não definiram, como foi o caso de Salvador, que no ano passado tinha decidido que o Carnaval da cidade ficaria para julho de 2021 e, logo depois, mudou de ideia, assim como outras capitais, que ainda estudam um momento ideal para as comemorações. “É impensável estipular um momento ideal para o Carnaval agora porque vai que outras cidades escolhem para agosto, por exemplo, ou para outubro, aí teremos quase um ano inteiro de carnaval, o que não faz sentido algum. Agora eu falo isso de forma geral, para o comércio em si, nas vendas, não sentiremos muito, porque será apenas os 3 dias de costume parado.
LIGA
A Liga Carnavalesca de Maceió, uma das mais interessadas na realização das festividades, também não entendeu a data escolhida e acredita que o assunto deveria ter sido discutido no futuro, segundo Dinho Lopes, presidente da entidade. “Escolher a data agora foi uma decisão precipitada. Achamos que houve uma precipitação da prefeitura, visto que o que temos de concreto até o momento é um calendário de vacinação que caminha a passos lentos em todo o Brasil, e que aqui especificamente está parado ainda no primeiro grupo de imunizados na faixa etária de 85 anos para cima”, contou.
“O mais recomendado, já que existe uma tentativa da prefeitura de realizar o carnaval ainda esse ano, seria aguardar o segundo semestre e convocar todos os atores envolvidos para reuniões e conversas, pois nós trabalhamos com planejamento visto que tem muita coisa envolvida na realização de eventos desse porte”, destacou o presidente da liga.
Dinho Lopes destacou ainda a importância do evento não ser realizado por enquanto, frisando que o momento é de preservar vidas e que a própria Liga Carnavalesca, uma das mais interessadas no assunto, entende que até que a imunização total da população seja garantida, não há como haver carnaval, pelos riscos que a aglomeração traria para toda população.
* Sob supervisão da editoria de Economia.