app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5885
Cidades

EM UM ANO, ALAGOAS REGISTRA MAIS DE 30 CASOS DE FEMINICÍDIO

No ano passado, Patrulha Maria da Penha efetuou 62 prisões por ameaça ou lesão corporal

Por tatianne lopes | Edição do dia 12/02/2021 - Matéria atualizada em 12/02/2021 às 04h00

Todos os dias nos deparamos com situações envolvendo violência doméstica em Alagoas e no mundo. A cada dia que passa, as mulheres se sentem vulneráveis e ficam à mercê de um mundo ainda mais machista. Somente no ano passado, o Estado contabilizou o triste número de 35 feminicídios. O número é 20% menor que em 2019, quando foram registradas 44 mortes de mulheres. Apesar disso, os números ainda assustam. Destes, 10 ocorreram na capital alagoana e outros dois no município de Rio Largo, segundo a estatística da Segurança Pública.

PATRULHA

Criada há três anos para tentar combater esse tipo de crime e ajudar mulheres em situação de violência física ou psicológica, a Patrulha Maria da Penha, realizou 62 prisões por ameaça, lesão corporal e descumprimento de medidas protetivas concedidas a vítimas de violência doméstica. Mais da metade ocorreu no ano passado, no período da pandemia, em que os casos aumentaram. Já no primeiro mês do ano, duas prisões foram efetuadas, sendo uma por descumprimento de medida protetiva e outra por lesão corporal dolosa. A coordenadora da Patrulha, major Danielli Assunção, afirma que os casos são monitorados 24 horas por dia. "Geralmente as medidas impõem distanciamento de 500 metros entre vítima e agressor, mas ele se aproxima mesmo assim, achando que não estamos atentos, monitorando. Estamos 24 horas acompanhando", afirmou a major. A coordenadora explicou, ainda, que as mulheres sob proteção da Patrulha comunicam quando o agressor desrespeita o distanciamento. "Elas sabem o telefone da Patrulha. Às vezes um vizinho faz algum comentário, dizendo que viu o agressor perto da casa da vítima. No caso de descumprimento, estamos prontos para atuar". Desde abril de 2018, 654 mulheres já foram direcionadas ao programa, por meio do Juizado da Mulher da Capital. Desse total, 344 ainda estão sob proteção. As outras 310 tiveram as suas medidas encerradas. Já em Arapiraca, em cinco meses de trabalho, quase 200 vítimas de violência doméstica foram protegidas. Nesse período também foram realizadas dez prisões de agressores por descumprimento de medidas protetivas.

Mais matérias
desta edição