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Nº 5881
Cidades Farmacêutica Bruna Eduarda foi surpreendida com a gravidez em plena pandemia

EFEITO COVID: AL REGISTRA MENOR NÚMERO DE NASCIMENTOS EM 7 ANOS

Em janeiro, foram feitos 3.434 registros, uma retração de 9,48% em relação ao mesmo mês de 2020

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 13/02/2021 - Matéria atualizada em 13/02/2021 às 04h00

Levantamento realizado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) mostra que a taxa de registros de nascimentos em Alagoas foi a menor dos últimos sete anos, para meses de janeiro. Influenciado pela pandemia de Covid-19, o número de nascimentos atingiu 3.434 no primeiro mês de 2021, uma retração de 9,48% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 3.794 nascimentos. Quando comparado a janeiro de 2015 - que teve o maior volume de nascimentos dos últimos sete anos, com 4.764 registros -, a retração foi de 28%. De acordo com os dados da Arpen-Brasil, apenas Rondônia registrou alta em janeiro entre os estados brasileiros, com um aumento de 3% nos nascimentos. No topo da lista com as maiores reduções estão Maranhão, com uma queda de 26%, Amazonas (-23,9%), Roraima (-23,1%), Piauí (-21,3%) e Mato Grosso (-20,8%). O presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli, explica que a Covid-19 afetou todos os aspectos vitais da população brasileira, sejam eles pessoais, econômicos ou da vida civil. “No Registro Civil, que compreende os atos principais de cidadania, já eram nítidos os impactos nos óbitos e nos casamentos, mas agora, passados nove meses desde o mês de abril, verificou-se o primeiro impacto na natalidade da população brasileira”, justifica. Fiscarelli acredita que na pandemia, os casais optaram por adiar o sonho de terem filhos, o que certamente impactará futuramente no desenvolvimento do País, na sua opinião.

*MUNICÍPIOS*

Em Alagoas, Maceió aparece com o maior número de nascimentos em janeiro, com 1156 registros - o correspondente a 33,6% do total de nascimentos do Estado no período. Apesar disso, o número de nascimentos da capital alagoana no mês passado é 8,1% menor do que o de janeiro de 2020, quando foram registrados 1.259 nascimentos. O levantamento da Arpen-Brasil mostra que Arapiraca aparece em segundo lugar do ranking, com 499 registros de nascimentos (uma retração de 11,6% ante janeiro do ano passado. Em seguida aparecem Penedo, com 127 registros, União dos Palmares (112) e Santana do Ipanema (105).

MEDO E APREENSÃO

Em outubro, reportagem da Gazeta de Alagoas relatou a incerteza e o medo para as mulheres que decidiram engravidar ou simplesmente foram pegas de surpresa, durante a pandemia. Os cuidados na gestação, que já são frequentes, tiveram que ser redobrados. Além de preocupações com outras doenças que são prejudiciais ao bebê, como a Zika, por exemplo, as gestantes precisaram aprender a lidar com um vírus desconhecido. Foi o caso da publicitária Larissa Quintella. Na reta final da gestação, com 36 semanas, ela, assim como toda a família, testou positivo para a Covid-19. Com sintomas leves, a publicitária não teve maiores complicações na hora do parto. Larissa ressaltou que foi essencial ter um bom acompanhamento médico, já que não havia informações sobre o vírus e as consequências para as gestantes. Já a farmacêutica Bruna Eduarda, mãe do pequeno Joaquim, foi pega de surpresa com a notícia da gravidez em plena pandemia. Manter-se isolada dos familiares e amigos, além de evitar lugares fechados, foi a estratégia usada por ela e pelo marido, ainda assim, eles tiveram sintomas do novo coronavírus, mas nada ficou comprovado.

Número de nascimentos em Alagoas, no mês de janeiro, por ano:

2021 - 3.434 2020 - 3.794 2019 - 4.310 2018 - 4.374 2017 - 4.073 2016 - 4.702 2015 - 4.764

Fonte: Arpen-Brasil.

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