Assoreamento e lixo em riacho revoltam morador de Bebedouro
O assoreamento e o lixo que tomam conta do Riacho do Silva, em Bebedouro, estão impedindo, em dias de chuva intensa, que funcionários de algumas secretarias municipais, como a do Meio Ambiente, cheguem ao local de trabalho. O riacho corta a região de ac
Por | Edição do dia 05/04/2002 - Matéria atualizada em 05/04/2002 às 00h00
O assoreamento e o lixo que tomam conta do Riacho do Silva, em Bebedouro, estão impedindo, em dias de chuva intensa, que funcionários de algumas secretarias municipais, como a do Meio Ambiente, cheguem ao local de trabalho. O riacho corta a região de acesso aos prédios que abrigam esses órgãos públicos em Bebedouro, (onde funcionava a antiga Epeal), mas seu curso foi alterado pela areia e a sujeira, impedindo que a água passe por baixo da ponte. Assim, carros e pedestres são obrigados a enfrentar as águas poluídas do córrego que, segundo alguns moradores, tem jacaré e até cobras provenientes das áreas verdes remanescentes. Nas margens, o lixo se acumula junto com os sedimentos. Isso é uma vergonha, quando chove muito a água chega até o portão de entrada, ninguém passa, protestou Cícero Sandro de Araújo. Essa situação retrata bem o ditado popular: casa de ferreiro, espeto de pau, porque aqui funciona a Secretaria do Meio Ambiente, mas somos obrigados a passar por isso, por causa da falta de limpeza no riacho, disse a professora Elite Emília da Silva, moradora da região, ao atravessar o Silva com duas filhas de 11 e 5 anos. Ela confessou que teme ser atacada por um animal, pois o seu marido já viu uma jibóia na área e outras pessoas falam da existência de jacarés, que podem descer com as águas, em dias de chuva intensa. Funcionários do município despejaram metralha no local, para que o riacho voltasse ao seu curso, mas a medida só piorou a situação. Os funcionários reclamaram, mas preferiram não se identificar, deixando que os moradores apontassem os transtornos.