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ESTADO REGISTRA 60 CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL EM JANEIRO

Maior parte dos casos de violência sexual ocorre na faixa etária até 11 anos

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Apesar das incontáveis lutas em torno da proteção da mulher, os índices de violência contra a mulher alagoana crescem a cada nova pesquisa realizada. Segundo dados da Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), somente em janeiro deste ano, 60 casos de violência sexual foram registrados, dois a mais que janeiro do ano anterior. Dentro desse montante, 90%, que correspondem a 54 casos, foram com vítimas do sexo feminino, e os outros 10%, sendo as últimas 6 vítimas, foram do sexo masculino. Ainda segundo os dados, a faixa etária com maior número de casos, que encabeça a lista, é a faixa dos 0 aos 11 anos de idade, com 21 casos registrados pela Ravvs. Em seguida, dos 12 aos 17 anos, com a mesma quantidade de casos; 18 aos 29 anos, com 10 casos registrados e por último a faixa etária dos 30 aos 59 anos de idade, com oito casos contabilizados.

PANDEMIA

Em janeiro de 2020, ano em que a pandemia estourou, o número de casos de violência sexual registrados em Alagoas foi de 58, dois a menos que janeiro deste ano. Dentro deste quantitativo, 94,8%, que correspondem a 55 casos, foram com mulheres. Os outros 3 casos foram com vítimas do sexo masculino. Já entre as faixas etárias, dos 10 aos 19 encabeçaram a lista com maior quantidade de registros, totalizando 29 casos. Em seguida 20 aos 59, com 15; 0 aos 6, com 12 e dos 7 até os 9, com dois casos contabilizados. Para Júlia Nunes, uma das representantes da Associação AME, entidade que acolhe e protege mulheres vítimas de violência, o número só não foi mais alto pela subnotificação de casos durante a pandemia. “As denuncias que são formalizadas normalmente são provenientes de violência sexual praticada por estranhos, que acabam por não serem notificadas. Estudos comprovam que 52% das vítimas não denunciam”, disse. Ela também ponderou a respeito dos casos que acontecem em casa e a vítima acaba por não notificar, muitas vezes por não enxergar saída na situação. “Sem falar que com o isolamento social os crimes sexuais aumentaram dentro de casa, muitas vítimas sem terem saída, ou independência, acabam por não formalizar uma denúncia’’, destacou.

* Sob a supervisão da Editoria de Cidades

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