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Isolamento social

ALIANÇA CRITICA POSIÇÃO DO GOVERNADOR

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O presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Junior, classificou a fala do governador Renan Filho (MDB) sobre regredir nas fases de distanciamento e adotar novamente o isolamento social como uma “ameaça”. Em entrevista à Gazetaweb, ele afirmou que o governo alagoano culpa o comércio pelo aumento de casos de Covid-19, quando há ônibus lotados e festas clandestinas no estado.

Guido Júnior também criticou a falta de diálogo do governador Renan Filho com o setor produtivo alagoano. “O que revolta o empresário é culpar o comércio pelos casos de Covid-19”, disse.

Com um cenário de agravamento da pandemia, a confirmação de variantes do novo coronavírus e medidas mais estritas sendo tomadas pelo País, o governador afirmou nesta quarta (24) que o isolamento pode ser indispensável para controlar a pandemia. “Se os hospitais não tiverem condições de atender as pessoas, vamos ter que reduzir os índices do adoecimento e isso só é feito com o isolamento, não tem outra regra”, disse o chefe do Executivo.

Na segunda-feira (21), um relatório do Observatório Alagoano de Políticas para o Enfrentamento da Covid-19 apontou que a lotação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no interior do estado ultrapassaram a margem de segurança de 70% pela terceira semana seguida. Atualmente, 68% dos leitos de UTI do estado encontram-se ocupados.

“É ônibus lotado pelas ruas, as filas dos bancos sempre enormes, pessoas fazendo festas pelo interior”, pontuou Guido. “No comércio temos um espaço grande, com pessoas circulando ao ar livre”, contrapôs. Guido Júnior diz que representantes do setor de serviços do estado formaram um grupo em redes sociais para discutir os negócios na pandemia. Até o momento, nenhum deles teria sido procurado pelo governo estadual para discutir um possível recrudescimento das medidas de isolamento social. A Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL), que representa vários estabelecimentos do terceiro setor no estado, apontou um posicionamento similar ao da Aliança Comercial. “Desde o início, [a Fecomércio] posiciona-se a favor da abertura do comércio. A entidade reafirma a necessidade de conjugar os esforços para que os interesses sociais sejam preservados”, disse, por meio de nota, o presidente da entidade, Gilton Lima. A federação, ele diz, defende uma maior rigidez na fiscalização das medidas preventivas para evitar a necessidade de maiores restrições ao funcionamento dos estabelecimentos. Procurada, a Associação de Bares e Restaurantes do Brasil em Alagoas (Abrasel/AL) não se posicionou sobre a fala do governador até o fechamento desta edição.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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