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MUNICÍPIOS ENFRENTAM PANDEMIA E RECESSÃO ECONÔMICA, ALERTA AMA

Associação pede reimplantação do auxílio emergencial para capitalizar 1,2 milhão de alagoanos

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Os 102 municípios de Alagoas enfrentam duas crises: a da pandemia do coronavírus e a da recessão econômica. No semiárido ainda tem a seca, que obrigou 40 municípios a decretarem “situação de emergência”, afirma o presidente da Associação dos Municípios (AMA) e prefeito de Cacimbinhas, Hugo Wanderley da Silva (MDB). “A segunda onda da Covid-19 e a ameaça de uma nova variante inflaram os gastos da saúde municipal em todo o País. As regiões mais pobres têm dificuldade para socorrer a população”, ressalta. Segundo o presidente da AMA, as prefeituras querem ser protagonistas. Porém, precisam de recursos para socorrer, gerar emprego e renda. Não existe nada previsto de investimento para os municípios. Hugo Wanderley faz coro com a frente municipalista, que reúne os mais de 5,5 mil gestores municipais, e cobra do governo federal a reimplantação imediata do auxílio emergencial para capitalizar parte dos 1,2 milhão de alagoanos em situação de vulnerabilidade social. Os municípios pequenos e pobres como as 40 cidades do Sertão e Agreste estão socorrendo as famílias com cestas básicas, caminhões pipa, remédios, pagamento de contas de água, luz, entre outros auxílios. O agravamento da crise levou o presidente da AMA a solicitar audiência com o ministro da Integração Regional, Rogério Marinho. Pedirá socorro para os municípios. Além dos carros pipa das prefeituras, 100 veículos do exército também levam água para a zona rural. É preciso reforço da Comissão Estadual de Defesa Civil, que já deveria estar circulando com mais 200 carros pipa. A estiagem é forte, os barreiros, açudes e rios secaram. Segundo Hugo Wanderley, 90% dos municípios do Nordeste sobrevivem do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Mas a arrecadação está comprometida com o desemprego. As prefeituras estão impedidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal de gastar. A receita só cai. Tudo isto potencializa a crise na gestão municipal. “A gente precisa que o governo federal agilize o programa nacional de vacinação, continue socorrendo as prefeituras, que enfrentam gastos elevadíssimos com a saúde”. Com quase 125 mil alagoanos infectados e mais de 3 mil mortos, a possibilidade explosão de caso na terceira onda do coronavírus faz aumentar o medo da população idosa, não vacinada e "destroça" a economia da maioria das 102 prefeituras. Em duas cidades –Anadia e Viçosa, onde duas pessoas foram contaminadas pela nova variante–, as prefeituras não tiveram alternativa e só mantiveram funcionando os serviços essenciais. O prefeito de Anadia, José Celino Ribeiro (PP) confirmou que os 18 mil habitantes estão assustados com a pandemia e com a recessão econômica. O desemprego também é outro fator dramático. O maior empregador na região –a usina Triunfo–, fechou. “Hoje, a Prefeitura é a principal empregadora. Mas, não posso empregar todo mundo”. O prefeito disse que a economia municipal sobrevive das aposentadorias, do Bolsa Família, dos empregados da Prefeitura, do cultivo de cana-de-açúcar e da agricultura familiar. A arrecadação municipal é inferior a R $1 milhão mensal, a folha do funcionalismo consome mais de 60%. “Infelizmente, muita gente precisa de ajuda da Prefeitura”. Celino já pediu “socorro” ao governo estadual, que prometeu fazer obras de infraestrutura para gerar empregos, a Secretaria Estadual de Saúde também prometeu aumentar o número de doses de vacina. A Agricultura estadual garantiu máquinas agrícolas e sementes para a agricultura familiar. As promessas foram muitas, porém os 18 mil habitantes têm pressa.

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