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Pandemia

MOTORISTAS BUSCAM SER INCLUÍDOS EM GRUPO PRIORITÁRIO

Profissionais que não deixaram de trabalhar na pandemia viram o medo da contaminação se tornar preocupação diária há um ano

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Trabalhadores alagoanos querem agora uma inclusão no grupo prioritário da vacina
Trabalhadores alagoanos querem agora uma inclusão no grupo prioritário da vacina -

Entre aqueles profissionais que não deixaram de exercer sua profissão desde que a pandemia da Covid-19 foi iniciada no Brasil, estão os motoristas, que não pararam de trabalhar e viram o medo da contaminação se tornar preocupação diária há cerca de um ano. Motoristas de ônibus, de aplicativo e taxistas alagoanos falam das dificuldade em receber assistência dos governantes. Eles não conseguem dizer de forma precisa quantos colegas de trabalho já foram infectados ou até mesmo perderam suas vidas pela Covid, mas os relatos dos companheiros não deixam de aparecer e a falta de atenção para a categoria tem deixado o dia destes profissionais mais angustiante. Thiago Holanda, representante do Sindicato dos Taxistas do Estado de Alagoas (Sintaxi), conta que em Marechal Deodoro, em um teste em massa feito pela prefeitura do município, ficou comprovado que mais de 50 motoristas de táxi estavam sendo acometidos pela Covid. “Saber quantos profissionais já foram infectados é uma conclusão muito difícil, nem a categoria nem a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) tem essa informação, mas com certeza temos relatos de muitos taxistas que foram infectados. Essa semana mesmo recebi a triste notícia de que 53 profissionais estão infectados em Marechal Deodoro e nós lamentamos muito isso”, contou. Como o trabalho exercido pelos profissionais do volante não pode ser interrompido, eles continuam seguindo as orientações dos profissionais da saúde e da ciência, numa tentativa de não ser contaminado pela doença. Sandro Régis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Alagoas (Sinttro/AL) conta que os trabalhadores têm seguido à risca as medidas de proteção. “Estamos usando máscara, álcool em gel, mantendo o distanciamento na medida do possível. É um momento novo, apesar de ter um ano, ainda tem muitos descuidos nesse novo normal. As empresas mantêm as higienizações e os motoristas se previnem. A gente espera que se resolva com a vacina”, afirmou. Para os motoristas de aplicativo a situação é igualmente preocupante. Eles, que viram seus rendimento cair fortemente com a pandemia, têm visto muitos colegas se contaminarem durante o trabalho. Alex Félix, Associação dos Motoristas por Aplicativo do Estado de Alagoas (Ampaeal), conta que ele foi uma dessas vítimas. “Ouvimos muitos relatos de motoristas que foram contaminados durante o exercício do trabalho. Eu mesmo sou um exemplo disso, peguei a Covid-19 trabalhando ainda nos primeiros meses da pandemia no ano passado”, disse.

GRUPO PRIORITÁRIO

Por ser uma categoria que não cessou seu trabalho desde que a pandemia teve início no Brasil e teve seus primeiros casos relatados em Alagoas, com a chegada da vacina, os trabalhadores querem agora uma inclusão no grupo prioritário da vacina. Sandro Régis conta que para a categoria de motoristas de coletivos essa conquista já foi alcançada. “Nós protocolamos um ofício e a categoria de rodoviários já foi incluída no grupo de risco, por ser um trabalho de risco e de exposição e assim que for possível e a vacina estiver disponível, nós poderemos ser vacinados”, disse. Mas para os taxistas e motoristas de aplicativo, a situação ainda está longe de ser regularizada. “Nós protocolamos um ofício pedindo que os taxistas sejam vacinados já que é um risco, porque nós precisamos estar na rua pra trabalhar e levamos pessoas com Covid para diversas unidades de saúde, correndo o risco de ser contaminados”, contou Thiago Holanda, representante do Sintaxi. Segundo Alex Félix, entre os motoristas de aplicativo também há movimentação para que a inclusão aconteça. “Nos reunimos com deputados para que nós, enquanto motoristas, também possamos ser incluídos no grupo prioritário da vacinação”, afirmou.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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