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Pandemia

CASOS DE COVID-19 ENTRE JOVENS CRESCEU 45% EM AL EM TRÊS MESES

Número de infectados saltou de 17,7 mil em dezembro, para 25,7 mil nesta sexta-feira, diz Sesau

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O jornalista Madysson Weslley e a mulher, a enfermeira Vitória Lira enfrentaram dura batalha até a cura da doença
O jornalista Madysson Weslley e a mulher, a enfermeira Vitória Lira enfrentaram dura batalha até a cura da doença -

O número de jovens com idade entre 20 e 29 acometidos pela Covid-19 cresceu 45% em Alagoas nos últimos três meses. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau-AL), em 12 de dezembro de 2020 eram 17.705 pessoas infectadas nessa faixa etária. Já na última sexta-feira (12) o número chegou a 25.764.

Ou seja, foram 8.059 pessoas infectadas nesse período, o que dá uma média de um caso a cada 20 minutos. Nesses três estão compreendidas as festas de final de ano e carnaval, período em que foram registradas grandes aglomerações, principalmente entre os público jovem.

Especialistas alertam que mesmo com a mortalidade sendo baixa neste grupo, que em Alagoas saiu de 28 para 33 durante esses últimos três meses, eles são grandes transmissores do vírus, que pode chegar a quem não tem tanta força para resistir a Covid-19. Mas, engana-se quem pensa que a Covid-19 seja uma doença leve. O jornalista Madysson Weslley, de 29 anos, e a esposa, a enfermeira Vitória Lira, de 25 anos, venceram a doença, mas enfrentaram uma dura batalha até a cura. Eles receberam a confirmação no dia 21 do mês passado, um domingo. “Mesmo antes de contrair o vírus, a gente já tinha uma noção de como ele afeta as pessoas, mas infelizmente, passamos, literalmente, por ele para perceber o quão grave ele pode ser”, revela. O jornalista conta que durante três dias teve sintomas leves, como dor de garganta, febre, tosse, perda de olfato e de paladar. “Como, aparentemente, eu estava apenas com esses sintomas, fiquei mais tranquilo”, lembra. No entanto, ele narra que logo depois começou a piorar. “Era como se eu tivesse regredido. Daí, além desses sintomas iniciais, surgiu uma moleza extrema – que não me deixava levantar da cama para nada -, falta de apetite e febre. Tive febre por quatro dias seguidos. E isso me assustou demais, ao ponto de me fazer retornar para o hospital”, completa. Madysson Weslley conta que a esposa desde o começo da doença já apresentava menos sintomas que ele. “Nós acreditamos que o vírus agiu de maneira menos violenta nela pelo fato dela ter tomado a primeira dose da vacina. Como ela é da área da saúde e trabalha na linha de frente, tinha recebido a primeira dose”, revelou. Já ele ficou mais debilitado e psicologicamente mais abalado. “O pior dia foi o domingo (28), quando achei que iria precisar recorrer ao hospital, pois tinha passado o dia muito mal e estava bastante congestionado, o que dificultava a respiração e trazia uma sensação horrível”, lembra. O jornalista diz que o medo é inevitável. “Você recebe uma enxurrada de informações, sobre os números crescentes e absurdos de contaminação, de mortes, de ocupação de leitos. Tudo isso, é como uma bomba prestes a explodir perto de você”, afirma. Ele diz ainda que, além dos sintomas físicos, as maiores consequências que a Covid-19 pode trazer são os danos psicológicos. “Na segunda-feira pela manhã acordei com uma crise de ansiedade. Por mais que tentasse pensar positivo, não conseguia. Até que comecei a canalizar o pensamento para outras situações, a conversar com algumas pessoas e fui me tranquilizando. E aqui eu destaco o apoio dos amigos e familiares. Todas as mensagens que recebemos diariamente ajudaram bastante. Essa sensação de estar sendo cuidado, mesmo a distância, ajuda muito no tratamento”, afirma. O jornalista conta que o paciente acaba somatizando e pensando que pode ser um dos próximos a morrer. “Meu maior receio era de precisar ir ao hospital e ouvir dos médicos que iria ficar internado. Confesso que nunca tive tanto medo de morrer como quando estava contaminado. Principalmente, pelo fato de ter um filho pequeno e de ter muitos planos para minha vida e da minha família”, desabafa. Aos jovens e para todas as pessoas, Madysson Wesley diz que a mensagem que ele e a esposa deixam é a de que é preciso se cuidar. “Devemos ouvir a ciência e tudo o que os estudiosos determinam. Precisamos seguir com os cuidados básicos, usando máscara, lavando sempre as mãos ou higienizado com álcool em gel, evitando ao máximo sair de casa e mantendo o isolamento social”, aconselha. “Somente esse tipo de comportamento associado à vacinação, que nós torcemos que chegue logo para todos, poderão nos livrar desta situação terrível”, conclui. Madysson Wesley diz que “muitas vezes, a gente diz que pra entender algo é preciso vivenciar, mas por experiência própria, eu não desejo para ninguém ser infectado pelo coronavírus, até porque estamos vendo que milhares de pessoas não estão tendo a chance de retornar para contar como foi essa lamentável experiência”.

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