loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5997
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Cidades

Pandemia

NÚMERO DE PACIENTES INTERNADOS EM UTI AVANÇA 209% EM 2021

No começo do ano, quantidade de leitos de UTI disponíveis em Alagoas era de 187, agora são 367

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Atualmente, Maceió está com o percentual de ocupação de UTIs em 89%, diz boletim
Atualmente, Maceió está com o percentual de ocupação de UTIs em 89%, diz boletim -

O número de pacientes com Covid-19 internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Alagoas aumentou 209% desde o início de 2021 até a última quinta-feira (25). Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que, no primeiro dia do ano o Estado tinha 103 pessoas nessa situação, já na última quinta-feira (25) este número chegou a 319.

No começo do ano, a quantidade de leitos de UTI disponíveis para o tratamento de pacientes com Covid-19 era de 187, agora são 367. Caso o número de leitos tivesse permanecido inalterado, atualmente o Estado estaria vivendo um caos na Saúde Pública.

Atualmente, Maceió está com o percentual de ocupação de UTIs em 89%, com 192 leitos ocupados, dos 215 totais. No interior, a ocupação é de 84%, com 127 leitos ocupados, dos 152 totais. Cidades como São Miguel dos Campos e Palmeira dos Índios estão com ocupação de 100% nos leitos de UTI.

Este ano foi confirmada a circulação de novas variantes do coronavírus em Alagoas. As novas cepas do vírus são mais transmissíveis. No dia 18 de fevereiro deste ano, a Sesau confirmou a detecção em Alagoas da nova variante brasileira do novo coronavírus, surgida no Amazonas e denominada de P1. A divulgação aconteceu por meio de uma Nota Técnica emitida, após o órgão ter recebido o resultado emitido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, responsável por examinar amostras de material biológico de pacientes alagoanos.

A nova variante foi identificada em duas alagoanas das cidades de Viçosa e de Anadia. A paciente de Viçosa tem 36 anos e viajou para Manaus (AM) no mês de janeiro, onde permaneceu na capital do Amazonas por quatro dias. Ao retornar da viagem, a paciente apresentou os sintomas do novo coronavírus.

Atualmente, Maceió está com o percentual de ocupação de UTIs em 89%, diz boletim
Atualmente, Maceió está com o percentual de ocupação de UTIs em 89%, diz boletim | Foto: Carla Cleto/Agência Alagoas

O segundo caso é de uma idosa de 64 anos, que não viajou para o Amazonas e não teve contato com nenhuma pessoa do território amazonense ou de qualquer outro Estado brasileiro. Isso mostra que a nova variante P1 do novo coronavírus está em circulação em Alagoas.

Já na última quarta-feira (25), cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já identificaram a presença de dez linhagens do coronavírus no Estado. Destas, três são variantes da doença. Foram detectadas em amostras alagoanas as variantes B.1.1.7, conhecida como variante do Reino Unido; P.1, conhecida como variante do Amazonas e P.2, conhecida como variante do Rio de Janeiro. A Fiocruz analisou 92 genomas de Alagoas.

As informações constam no endereço eletrônico da Rede Genômica Fiocruz, que divulga dados sobre as mutações do vírus causador da Covid-19. O painel dinâmico da instituição mostra que as variantes P1 e P2 são as mais presentes nas amostras alagoanas enviadas à Fiocruz em fevereiro.

Além disso, a Fiocruz informou na terça-feira (23) que, em mais um achado inédito, pesquisadores da Fundação identificaram importantes alterações na estrutura da proteína Spike (S) do vírus SARS-CoV-2 em circulação no Brasil. Onze sequências genéticas apresentaram deleções na região inicial da proteína e em quatro ocorreu inserção de alguns aminoácidos. Duas amostras analisadas são de Alagoas e se trata de pacientes provenientes do estado do Amazonas ou com histórico de viagem à região

A proteína Spike é associada à capacidade de entrada do patógeno nas células humanas e é um dos principais alvos dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo para bloquear o vírus.

Os cientistas ressaltam que, até o momento, poucos genomas apresentam as alterações e que ainda não se caracteriza como a formação de uma nova linhagem do SARS-CoV-2. Entretanto, alertam que é preciso permanecer com o monitoramento para acompanhar se vírus com essas alterações não aumentarão de frequência.

Relacionadas