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Nº 5881
Cidades Em Alagoas, 318 das 368 vagas estavam ocupadas no fim de semana, aponta boletim

OCUPAÇÃO DE LEITOS DE UTI EM MACEIÓ CHEGA A 88%, APONTA BOLETIM

Enquanto não houver redução pelo menos para 70%, segundo especialistas, haverá risco de colapso da rede hospitalar

Por regina carvalho | Edição do dia 30/03/2021 - Matéria atualizada em 30/03/2021 às 05h00

No último fim de semana, a ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid chegou a 86% em Alagoas, percentual ainda maior em Maceió, com 88%, e de 85% no interior. Enquanto não houver redução pelo menos para 70%, segundo especialistas, haverá risco de colapso da rede hospitalar.

Em Alagoas, 318 das 368 vagas estavam ocupadas no fim de semana e na capital 189 das 216 contavam com pacientes internados na UTI. O aumento do percentual em Maceió deve-se, também, a transferência de infectados em estado crítico de alguns municípios do interior.

Em relação aos municípios alagoanos, Arapiraca aparece numa situação crítica, com uma das maiores taxas: 70 dos 72 leitos de UTI tinham pacientes infectados: 97% de ocupação. Em Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios, com dez leitos para tratar casos graves cada um, não há mais vagas na UTI. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que, no domingo (28), 328 dos 415 leitos com respiradores - ou 79% - estavam ocupados em Alagoas. “Houve um aumento do número de leitos em Alagoas, mas a situação ainda é delicada, é difícil. Quando a ocupação se aproxima de 90%, é sinal que podem faltar leitos para atender a demanda”, avalia o infectologista Reneé Oliveira. Em relação ao número geral de leitos, 800 dos 1.186 (67%) disponibilizados para tratamento exclusivo de pacientes com Covid estão com pacientes. “O tempo que se passa ocupando um leito de UTI é longo, cerca de duas semanas, principalmente agora com o aumento de mais jovens internados. Eles ficam mais tempo no hospital. Demora para que esse leito seja desocupado”, acrescenta o médico. Reneé Oliveira teme que no feriado que se aproxima aumentem as aglomerações e, com isso, a transmissão pelo coronavírus e a ocupação dos leitos cheguem a um ponto ainda mais preocupante. “A gente já viu o que acontece quando tem feriadão. Há o receio dessa situação se agravar ainda mais nas próximas semanas”, destaca o infectologista. Na semana anterior, no domingo (21 de março), a taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 86% em Alagoas, 314 dos 366 estavam ocupados. Mesmo percentual do dia 28, com a diferença é de que houve aumento de vagas para atender pacientes. Nesse mesmo período, na capital subiu de 86% para 88%, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que compõem o Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 apontam, no último relatório publicado na segunda-feira (29), que há indícios de desaceleração da transmissão da Covid. “Encerrada a 12ª semana epidemiológica (SE), apesar da gravidade do atual cenário, representada sobretudo pelo crescimento do número de óbitos e pela elevada taxa de ocupação hospitalar, alguns dos indicadores discutidos a seguir começam a apresentar sinais de desaceleração da transmissão, o que pode contribuir para um controle da pandemia em Alagoas nas próximas semanas, com redução na demanda por leitos de UTI e, principalmente, na incidência de óbitos”. Alagoas tem, oficialmente, 152,2 mil casos e 3.511 mortes causadas pelo novo coronavírus. Nas últimas horas, mais 22 óbitos por Covid foram registrados - treze em Maceió e nove no interior - de vítimas que tinham entre 41 e 87 anos.

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