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Nº 5691
Cidades

RIO JACARECICA RECEBE DEJETOS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS

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Por arnaldo ferreira | Edição do dia 17/04/2021 - Matéria atualizada em 17/04/2021 às 04h00

Logo adiante tem outro “filho do Salgadinho”. O rio Jacarecica recebe os esgotos residenciais e comerciais. Nos últimos dias, o riacho transbordou. A água suja invadiu ruas, casas e poluiu a praia do bairro, que ficou com muito lixo. A poluição impede a prática de surfe, reclamam os banhistas. O riacho “Ferrugem” despeja diariamente água suja dos esgotos residenciais, dos estabelecimentos comerciais, oficinas mecânicas e de lavagem de automóveis.

Na foz há uma estação de tratamento construída em 2005, que prometia carrear a água suja do riacho para emissário submarino. A estação é vizinha à central de tratamento de esgoto da Casal, que funciona. “Mas a estação nunca funcionou”, afirmou a artesã Neuriland Moraes Mendes, que mora no local há 50 anos e não sabe mais para quem apelar.

“Nos dias de chuva forte desce muita sujeira. Frequentemente tem animais mortos, resto de mobília, sucata de eletrodomésticos e muito lixo”. Neuriland lembrou que o riacho polui uma área com [cinco] hotéis de grande e médio portes e pousadas. “Esta situação é péssima para o turismo. Causa má impressão. Como pode a gente perder um litoral desses?”, questiona a artesã, ao destacar que Maceió e o Estado dependem do turismo.


LIGAÇÕES CLANDESTINAS

No posto sete, do bairro da Jatiúca, há uma antiga “boca” na praia que deveria receber apenas água da chuva. A prefeitura e a Casal flagraram ligações clandestinas de esgoto dos prédios da região. Situação semelhante ao longo das praias de Ponta Verde e Pajuçara.

Uma das “línguas sujas” fica entre a feirinha de artesanato e o quiosque das tapioqueiras. “É mau cheiro e água suja sempre. Quando chove piora e o prejuízo é grande”, disse um dos permissionários do ponto que se identificou apenas como “José Tapioca”. Em gestões anteriores da prefeitura, o microempresário reclamou da situação que compromete o negócio dele e da feirinha. Quem reclamou foi ameaçado de perder o ponto. Para piorar, a praia estava cheia de sargaço, o que fez aumentar o mau cheiro. O transportador de turistas Geraldo Albuquerque lembrou que a região tem mais de dez hotéis e pousadas. “Apesar da pandemia, há turistas na cidade. Quando eles veem a línguas sujas, o lixo e sentem o mau cheiro, criticam. Isso compromete até o passeio para as piscinas naturais. Quem vai querer entrar numa praia poluída?”, questionou Geraldo. AF

Leia mais na página A14

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