app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 0
Cidades Maceió, 21 de dezembro de 2020
Movimento no centro do comércio de Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

REGIÃO METROPOLITANA E AGRESTE SEGUEM EM ALERTA

.

Por regina carvalho | Edição do dia 17/04/2021 - Matéria atualizada em 17/04/2021 às 04h00

Pesquisadores e profissionais da saúde aguardam para as próximas semanas a redução do número de infectados e óbitos por Covid-19 em Alagoas com o avanço do número de vacinados e controle da transmissão. Mas ainda é preocupante a quantidade de casos suspeitos, registro de doentes e mortes nos municípios.

Em relação ao número geral de mortes por Covid, Maceió, Arapiraca, Rio Largo, Palmeira dos Índios e Marechal Deodoro registraram mais vítimas que não resistiram às complicações da doença. Na sequência, 1,8 mil; 316; 99; 73 e 70 - concentrando quase 60% das mortes no estado. Os dados foram apresentados pelo painel de informações interativas sobre a pandemia da Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). A reportagem pergunta ao professor e pesquisador Gabriel Bádue se a pandemia avança de forma diferente nos municípios alagoanos. “São notadas algumas particularidades em cada região. Após apresentar alta incidência de casos, seguida de óbitos, o Sertão começou a apresentar alguns sinais de desaceleração da transmissão na última semana. Por outro lado, a sétima região de saúde, que compreende Arapiraca e municípios circunvizinhos, apresentou aumento de casos na 14ª semana epidemiológica, juntamente com a 3ª região sanitária, que abrange os municípios da Zona da Mata (União dos Palmares e região)”, avalia Bádue. De acordo com levantamento do painel da Seplag, os municípios mais afetados pela pandemia - no que se refere ao número de óbitos a cada cem mil habitantes - Satuba, Maceió, Olho D’água Grande, Murici e São Miguel dos Milagres apresentam números mais preocupantes. Eles têm, respectivamente, 195, 175, 156, 145 e 138 mortes/100 mil. A cada cem mil habitantes, os municípios alagoanos com mais infectados são Marechal Deodoro, Arapiraca, Santana do Ipanema, Palestina e Pilar, que ocupam as primeiras cinco colocações. Já, em relação ao número total de infectados, seguem na sequência: Maceió, Arapiraca, Marechal Deodoro, Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios, com mais de 65 mil; 20 mil; 4,7 mil; 3,7 mil e 3,2 mil.

“A pandemia está em controle, devido aos esforços de ampliação de leitos de internação clínica e de terapia intensiva, em ambos os cenários: público e privado. A análise estatística de casos e ocupação de leitos permanece como o indicador mais fidedigno da situação local e as medidas se baseiam nestes”, explica.

Segundo o professor e pesquisador Gabriel Bádue, coordenador do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC), após algumas semanas de tendência de alta de casos, tem-se observado nas últimas três semanas uma desaceleração na transmissão, evidenciada pela estabilidade da incidência semanal de casos, com leve queda nesta última semana, de aproximadamente 10%, e pela redução das estimativas do número reprodutivo efetivo, Rt, que voltou a ficar abaixo de 1. “O que não acontecia desde final de outubro. Nesta direção, após um período de crescimento exponencial, entre a segunda quinzena de fevereiro e o final de março, a ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes da COVID-19 se estabilizou, com taxa média de 87% nos últimos 20 dias. No entanto, essa alta taxa de ocupação dos leitos de UTI somada a tendência de alta de óbitos indicam que ainda não há evidências de controle da transmissão do novo coronavírus em Alagoas, o que justifica a continuidade das medidas previstas nos atuais decretos”, avalia Gabriel Bádue. Sobre a situação pandemia atualmente, para a infectologista Normangela Barreto, Alagoas registra crescimento absurdo e de forma mais grave. “Hoje todos casos gripais precisam ser tratados como suspeito, afinal, alguns exames podem não positivar em tempo hábil”, explica. A reportagem pergunta como os profissionais de saúde estão enfrentando esse ‘rolo compressor’ dentro dos hospitais. “Como muita preocupação, visto que a disseminação de novas cepas são mais agressivas. Além da restrição de leitos em nossos hospitais”, acrescenta Normangela Barreto.

Mais matérias
desta edição