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Nº 5790
Cidades

Pais conseguem garantir vagas em escola invadida

FÁTIMA ALMEIDA Os moradores dos conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre II que ocuparam o prédio da Escola Padre Brandão Lima, no Graciliano, na noite da quinta-feira, só saíram de lá ontem por volta do meio-dia depois que a Associação de Moradore

Por | Edição do dia 24/01/2004 - Matéria atualizada em 24/01/2004 às 00h00

FÁTIMA ALMEIDA Os moradores dos conjuntos Graciliano Ramos e Village Campestre II que ocuparam o prédio da Escola Padre Brandão Lima, no Graciliano, na noite da quinta-feira, só saíram de lá ontem por volta do meio-dia depois que a Associação de Moradores assumiu o prédio e garantiu que vão funcionar no estabelecimento turmas de ensino fundamental, atendendo cerca de 800 crianças da região por meio de convênio com a Secretaria Municipal da Educação. Os pais de crianças de 7 a 14 anos que já haviam feito a pré-matrícula ficaram revoltados com a informação de que o convênio que estava sendo encaminhado com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para funcionamento do ensino fundamental havia sido desfeito em prol de um outro acordo com a Secretaria Estadual da Educação (SED), segundo o qual o espaço seria extensão da escola estadual Geraldo Mello, para alunos de 5ª a 8ª série. Durante a ocupação, houve momentos de tensão e a Polícia Militar foi chamada. A ordem do comandante do 5º Batalhão, coronel Aurélio Rosendo, era desocupar a área. “O funcionamento da escola não é assunto de polícia, mas a invasão de propriedade é”, disse ele. O líder comunitário Fernando José dos Santos chegou a ser levado ao Batalhão para prestar esclarecimentos, sob acusação de incitar a invasão. Foi o próprio comandante do 5º BPM que cumpriu um papel fundamental no desfecho satisfatório da questão, fazendo contatos e promovendo uma reunião entre os envolvidos, dentro da escola, para o esclarecimento das pendências. A causa De acordo com as explicações das lideranças comunitárias, o prédio onde funciona a Escola Cenecista Padre Brandão Lima pertence à Associação dos Moradores e foi cedida em regime de comodato por um período de 20 anos à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (Cenec), que mantém turmas de educação para adultos no horário noturno. Como as salas estavam ociosas nos demais turnos e há uma grande carência de ensino fundamental, a comunidade encaminhou um pleito, através da associação, para que o Cenec cedesse o direito de uso das salas de aula para a Semed, o que foi aceito por ambas as partes. Só que o interesse do município era utilizar os três turnos, e como não houve entendimento imediato sobre isso, no intervalo das negociações a diretoria da escola estadual Geraldo Mello entrou na disputa pelo espaço e o conquistou junto à Cenec. Foi aí que a comunidade reagiu e resolveu invadir a escola em defesa do convênio com o município.

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