A Coordenadoria Permanente do Vestibular (Copeve) informou que o resultado do Processo Seletivo Seriado (PSS) deverá ser divulgado na próxima sexta-feira. A data exata da divulgação, porém, só será definida hoje, pois segundo o coordenador da Copeve, professor Arlindo Cabus, os trabalhos ainda estão em fase de conferência das notas. “Hoje, definiremos a data de divulgação da lista dos aprovados no PSS”, disse. Segundo Cabus, apesar das críticas feitas ao PSS, o processo é o meio mais justo de o aluno ingressar na universidade e possuir mais pontos positivos do que negativos. “Sabemos que o PSS tem pontos negativos, como, por exemplo, o estresse que provoca nos candidatos, mas o que estamos observando é o benefício no resultado final, pois só passa quem realmente estudou”, observou. Arlindo Cabus explica que não há como a Copeve voltar atrás e realizar o vestibular em seu estilo tradicional, pois o novo processo já está em andamento. “Depois de tantas dificuldades que passamos para introduzir esse novo processo, não há como voltar a realizar o antigo vestibular. Sabemos que o PSS é mais trabalhoso e até o trabalho da Copeve foi triplicado, mas há o lado positivo de que com este processo o aluno é mais exigido, o mesmo acontecendo com os pais e os professores”, justificou. Entrada no mercado de trabalho de profissionais mais qualificados e competentes. Esse é outro ponto positivo do PSS, de acordo com o coordenador da Copeve. Segundo ele, pelo fato de o aluno não poder “chutar” as questões, só passa quem sabe o assunto. “No sistema atual, o acerto casual não existe. Só é beneficiado quem estudou. Por isso, o PSS é melhor”, declarou, acrescentando que não só há uma melhora no nível dos futuros profissionais, como no nível do ensino. “A qualidade do ensino tende a melhorar, principalmente nas escolas públicas, permitindo uma concorrência mais justa entre os candidatos das redes pública e privada”, completou. Sobre o fato de que o PSS tem deixado os jovens candidatos estressados e com o sistema nervoso abalado, Arlindo Cabus considera que é uma questão psicológica e aconselha esses alunos a serem orientados por um psicólogo. “Não justifica um jovem ficar o tempo todo preso dentro de casa, somente estudando. Ele tem que dar uma pausa para não se abalar emocionalmente. Nesse caso, um psicólogo é essencial”, disse.