Cidades
SINMED APURA DENÚNCIAS DE ASSÉDIO MORAL

O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) acionou o departamento jurídico da entidade para apurar denúncias sobre assédio moral praticado contra médicos que trabalham na capital e no interior de Alagoas. Esses profissionais atuam nos plantões e são, na maioria, contratados pelos municípios.
“Tem aumentado bastante no Sinmed as queixas de assédio moral, tanto por parte dos médicos que trabalham na capital como no interior. Cerca de 90% são casos de contratos precarizados, principalmente envolvendo plantonistas”, explica o presidente do Sinmed/AL, Marcos Holanda.
De acordo com a nota emitida pelo Sinmed , os gestores de parte dos municípios alagoanos cobram deveres e não querem reconhecer nenhum direito da categoria que neste momento desenvolve trabalho crucial no combate à pandemia de Covid. “E o pior: quando o profissional quer desistir do serviço, os diretores fazem terrorismo e chantagem para evitar perder a mão de obra precarizada. Tem gestor ameaçando denunciar o médico por abandono de plantão e outros que chegam a dizer que o nome do profissional será posto em lista para nunca mais ser aceito em serviço público”, diz trecho do comunicado feito sindicato.
Segundo a entidade, o departamento jurídico do Sinmed está apurando as ocorrências e vai enquadrar os casos em crime de assédio moral.
“Todo trabalhador merece respeito, e tem liberdade de escolher labutar onde for mais atrativo. Recomendamos que, mesmo em contratos precarizados, o pedido de desligamento seja feito com 30 dias de antecedência, por escrito, assinado e datado. Pode ser um comunicado entregue pessoalmente, ou por email ou também por whatsapp (tudo serve como prova)”, reforça.
O Sindicato dos Médicos de Alagoas orienta que, quem for sindicalizado, tem a garantia de defesa jurídica gratuita e apoio irrestrito dos diretores sindicais no combate ao assédio.