Estudo adverte para contamina��o das �guas
VALMIR CALHEIROS Um estudo desenvolvido há quatro anos pelos engenheiros e professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Manoel de Melo Maia Nobre e Rosane Cunha Maia Nobre, e Vinícius Maia Nobre ex-secretário de Viação e Obras Públicas e de S
Por | Edição do dia 07/03/2004 - Matéria atualizada em 07/03/2004 às 00h00
VALMIR CALHEIROS Um estudo desenvolvido há quatro anos pelos engenheiros e professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Manoel de Melo Maia Nobre e Rosane Cunha Maia Nobre, e Vinícius Maia Nobre ex-secretário de Viação e Obras Públicas e de Saneamento e Energia do Estado, em relação às reservas hídricas da Região Metropolitana de Maceió, já indicava as atividades sucroalcooleiras, lixões e tanques enterrados dos postos de gasolina e falta de saneamento básico adequado como elementos potenciais de contaminação do sistema Barreira/Marituba. Os autores deste último estudo alertam para o atual sistema de extração que tem causado perturbações significativas no regime de fluxo deste sistema, a exemplo de processos de intrusão marinha verificados até em poços de bairros mais afastados da orla marítima, como o do Farol. E que o volume total de águas subterrâneas que vêm sendo extraídas já é superior à recarga, para uma dada taxa de infiltração. Para evitar o pior Para o engenheiro e consultor Gustavo Carvalho, os órgãos responsáveis pelas ações nos setores de recursos hídricos e meio ambiente precisam avançar cada vez mais e urgentemente com maiores investimentos. Só com maiores esforços nesse sentido será possível evitar o agravamento desses problemas, de piores desafios no futuro próximo, em relação ao abastecimento de água na região de Maceió e nas demais cidades alagoanas. Carvalho vê a iniciativa da Igreja de dedicar a Campanha da Fraternidade deste ano à problemática da água como das mais importantes, porque tem como principais objetivos despertar a conscientização das pessoas para a importância do uso racional deste bem público, no sentido de que a sociedade participe mais e efetivamente das discussões em defesa dos recursos hídricos, dessa fonte de vida que não é inesgotável. E pelo fato de também tratar da nossa legislação pertinente a esses recursos, que é uma das mais avançadas do mundo.